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Autonomia e distinção na indústria fonográfica brasileira dos anos 1950 e 1960: o caso das gravadoras Festa, Elenco e Forma

Texto completo
Autor(es):
Guilherme Araujo Freire
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Artes
Data de defesa:
Membros da banca:
José Roberto Zan; Rita de Cássia Lahoz Morelli; Marcia Tosta Dias; Eduardo Vicente; Michel Nicolau Netto
Orientador: José Roberto Zan
Resumo

No contexto das transformações sociais e políticas associadas à modernização do país em curso nas décadas de 1950 e 1960, os diferentes setores do mercado cultural passavam por processos de reconfiguração estrutural. Ao estabelecermos como foco da pesquisa as trajetórias das gravadoras Festa, Elenco e Forma e dos seus respectivos proprietários e produtores, Irineu Garcia, Aloísio de Oliveira e Roberto Quartin, buscamos compreender de que modo os processos de produção dessas três empresas refletiam transformações que ocorriam no âmbito mais amplo das indústrias culturais do período associado tanto ao desenvolvimento da base técnica como ao recrudescimento da segmentação do mercado de bens culturais em curso. A partir de documentos da época e de dados estatísticos, demonstramos de que maneira o estágio incipiente de desenvolvimento do mercado engendrou condições favoráveis para a atividade de pequenas empresas nacionais geridas por empresários e produtores que buscavam autonomia administrativa, motivados por aspirações sobretudo pessoais e dedicados a projetos musicais muitas vezes orientados por parâmetros culturais e estéticos, em detrimento do interesse puramente econômico. No entanto, avaliamos que tal autonomia disposta pelos seus produtores se mostrava relativa, pois ainda que dispusessem de liberdade de decisão em relação às grandes gravadoras, ainda assim atuavam em um contexto de mercado e tinham de produzir sob as limitações dos recursos materiais que dispunham e dentro da lógica de funcionamento do sistema. Por meio da análise dos catálogos das gravadoras e das representações formadas em discursos proferidos pela crítica especializada em periódicos, avaliamos o papel desempenhado pelas três gravadoras no processo de segmentação do mercado. Por fim, o estudo buscou verificar de que modo o desenvolvimento da indústria cultural, acompanhado pelo aprofundamento da racionalização da produção no final da década de 1960, atuou no sentido de restringir os espaços de atuação e minar as bases de manutenção das três gravadorasResumo: (AU)

Processo FAPESP: 15/10878-9 - Experiências autônomas na indústria fonográfica brasileira dos anos de 1950 e 1960: os selos Elenco, Festa e Forma
Beneficiário:Guilherme Araujo Freire
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado