Busca avançada
Ano de início
Entree


A suspensão qualitativa da quantidade: a crítica de Hegel ao paradigma matemático da ciência moderna

Texto completo
Autor(es):
Fábio Mascarenhas Nolasco
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Marcos Lutz Muller; Hans Christian Klotz; Christian Iber; Oswaldo Giacoia Junior; Jose Eduardo Marques Baioni
Orientador: Marcos Lutz Muller
Resumo

Foi o objetivo do presente trabalho apresentar os pressupostos histórico-filosóficos da crítica de Hegel ao cálculo infinitesimal, bem como acompanhar de perto praticamente todos os aspectos dessa crítica, tal como ela se apresenta no capítulo intermediário da Doutrina do Ser da Ciência da Lógica. A primeira tarefa, pois, foi levada a cabo através da análise interpretativa de três capítulos da Fenomenologia do Espírito (Força e Entendimento, Consciência de Si e a primeira subdivisão do capítulo da Razão), bem como através de um confrontamento com alguns aspectos da filosofia de Kant (a doutrina das grandezas negativas), Fichte e Schelling. Buscou-se mostrar como faltava à filosofia transcendental um conceito não quantitativo da qualidade em decorrência de uma proximidade fundamental à maneira tal como Leibniz inventara o cálculo infinitesimal. Além disso, coube observar como já na Fenomenologia do Espírito o tema da crítica ao cálculo infinitesimal se faz notar de maneira notável, preparando (no Força e Entendimento) e concluindo (na Observação da Natureza) o conceito dialético da consciência de si. A segunda tarefa foi, por sua vez, levada a cabo através de uma leitura minunciosa dos capítulos da Qualidade e da Quantidade da Ciência da Lógica, onde se pode mostrar como os temas trazidos à tona de maneira introdutória na Fen. do Espírito eram então consumados nas duas versões da obra máxima do método dialético especulativo hegeliano. Um confrontamento radical com a filosofia de Leibniz foi, portanto, uma das principais linhas de força do presente esforço. Nisso, mostrou-se igualmente necessário elaborar, a partir de Hegel, uma reconstrução dos contornos históricos que guiaram as práticas matemáticas infinitesimais desde Pitágoras até Cauchy, bem como propor, para além de Hegel, baseando-se porém, em seu diagnóstico, alguns prognósticos a respeito do desenvolvimento da análise matemática nos sécs. XIX e XX (AU)

Processo FAPESP: 11/13442-6 - A suspensão qualitativa da quantidade: a crítica de Hegel ao paradigma matemático da ciência moderna
Beneficiário:Fábio Mascarenhas Nolasco
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado