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Desenvolvimento floral e expressão sexual em espécies de Ficus L. (Moraceae)

Texto completo
Autor(es):
João Paulo Basso Alves
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Simone de Pádua Teixeira; André Olmos Simões; Vidal de Freitas Mansano; Sandra Maria Carmello Guerreiro
Orientador: Simone de Pádua Teixeira
Resumo

A ausência de um dos verticilos reprodutivos em algumas flores pode decorrer da perda ou supressão de primórdios, o que pode ser elucidado por meio de estudos morfológicos do desenvolvimento floral. Ficus L. é um ótimo modelo para estes estudos, uma vez que possui representantes com sistemas sexuais diversos. Assim, o presente trabalho teve por objetivo comparar a morfologia da flor em desenvolvimento em Ficus citrifolia (monóica), F. hispida (ginodióica), F. racemosa (monóica secundária) e F. religiosa (monóica), a fim compreender as vias ontogenéticas que promovem a condição flor imperfeita. Para tal, sicônios em diversos estádios de desenvolvimento foram coletados, fixados em FAA 50, dissecados em lupa e preparados para observações de superfície em microscopia eletrônica de varredura (MEV) e histológicas em microscopia de luz. A organização dos meristemas florais e das flores no interior do sicônio é muito congesta na maioria das espécies estudadas, sendo menos acentuada em F. hispida (ginodióica). Diferenças no tempo de emergência dos meristemas e de alongamento do pedicelo em flores carpeladas foram observadas nas espécies monóicas (F. citrifolia, F. racemosa e F. religiosa) e parecem ser cruciais para a formação da heterostilia incompleta, típica de espécies monóicas deste gênero. As flores carpeladas de todas as espécies exibiram formação de sinestigma ao final do desenvolvimento (exceto aquelas do sicônio produtores de galha em F. hispida). Nossos dados, comparados aos de literatura, indicam que a ausência de estames nas flores carpeladas, tanto em espécies monóicas quanto em ginodióicas de Ficus, deve-se a um processo de perda, ou seja, os primórdios de estames não são iniciados no meristema floral. As flores estaminadas de F. hispida apresentaram supressão carpelar. A perda de primórdios estaminais é difundida no gênero e em Moraceae; já o carpelo pode ser perdido ou suprimido nestes grupos. Aspectos do desenvolvimento floral também são discutidos em relação à reprodução e biologia floral de Ficus (AU)

Processo FAPESP: 09/04435-6 - Desenvolvimento floral e expressão sexual em espécies de Ficus L. (Moraceae)
Beneficiário:João Paulo Basso Alves
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado