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A relação entre representação e experiência: um estudo crítico da \'filosofia existencialista da história\'

Texto completo
Autor(es):
Marcus Vinicius de Moura Telles
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Jose Antonio Vasconcelos; Sara Albieri; Carlos Oiti Berbert Júnior; Jonathan Michelson de Menezes
Orientador: Jose Antonio Vasconcelos
Resumo

As noções de representação (tropologia e enredamento, compreensão, atribuição narrativa de substância) e experiência (subjetiva e sublime, presença) no que pode ser chamado de filosofia existencialista da história requerem uma ontologia comum para que sejam operacionalizáveis: embora pareçam conceitos de difícil reconciliação, é possível mostrar que as diferentes realidades que presumem são, na verdade, diferentes graus de reflexividade da consciência operando em um mundo sublime (não inerentemente significativo), no qual a incontornável impermanência de tudo que é material implica, juntamente com outros fatores, a provisoriedade de toda atribuição de sentido. Como toda continuidade se desfaz, é possível ler o debate e assim o fazemos como abarcando os dois lados da relação entre qualquer nível reflexivo mais alto com um nível reflexivo mais baixo: assim, o enfoque em representações mostra a produção de continuidades para um mundo descontínuo, enquanto o enfoque em experiência e presença enfatiza a descontinuidade dos processos, bem como de seus efeitos psicológicos manifestados a partir do momento em que se torna existencialmente (mais que apenas epistemologicamente) insustentável ou indesejável produzir sentido a partir de recursos estéticos continuístas. Em nossa leitura dos autores narrativistas e experiencialistas, a interação entre os diferentes níveis de realidade se dá pela movimentação da atenção entre um e outro: a atenção tanto pode ser direcionada para aspectos do mundo quanto atraída por eles. O trabalho trata as formulações de Mink, White e Ankersmit como exemplares do primeiro caso, e as de Ankersmit (em sua fase experiencialista) e Runia como exemplares do segundo. Ambos os momentos precisam de uma concepção da relação sujeito-mundo em que o sujeito não é concebido como existente de maneira separada dos mundos natural e social. (AU)

Processo FAPESP: 14/17263-7 - A relação entre representação histórica e experiência: um estudo crítico da tradição narrativista
Beneficiário:Marcus Vinícius de Moura Telles
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado