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Medidas do arco maxilar pré-palatoplastia primária como preditoras de resultados de fala em indivíduos com fissura labiopalatina

Texto completo
Autor(es):
Ana Flávia Rodrigues da Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Bauru.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/SDB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Maria Ines Pegoraro Krook; Giédre Berretin; Rui Manuel Rodrigues Pereira; Cristiano Tonello
Orientador: Maria Ines Pegoraro Krook
Resumo

Objetivo: verificar a relação entre medidas do arco maxilar pré-palatoplastia primária e os resultados de fala em indivíduos com fissura labiopalatina unilateral (FLPU). Metodologia: os 139 pacientes (ambos os sexos) do presente estudo foram selecionados a partir dos 466 pacientes com fissura labiopalatina unilateral do Projeto Florida do HRAC/USP, que preencheram os seguintes critérios de inclusão: sem fístula, com gravações de amostras de fala comuns entre as idades de 3 e 6 anos e modelos de gesso pré-palatoplastia primária, digitalizados em 3D. As amostras de fala editadas foram avaliadas quanto à presença e ausência de hipernasalidade por três fonoaudiólogas experientes. Os resultados da avaliação perceptivo-auditiva da hipernasalidade das amostras de fala gravadas foram comparados com os obtidos na avaliação presencial e no Teste de Hipernasalidade (THIPER) coletados dos prontuários. Os dados foram analisados considerando as variáveis cirúrgicas (cirurgião, técnica cirúrgica, tempo cirúrgico e sexo) de cada paciente. Medidas lineares do arco maxilar (distância intercaninos - DIC, distância intertuberosidade - DIT, distância anteroposterior do palato duro - DAP e largura posterior da fissura - LPF) e medidas de área (da fissura - AF e das lâminas maior - ALMa e menor - ALMe) foram realizadas nos modelos digitalizados em 3D, utilizando os softwares 3 Shape Appliance Design 2013-1 e Mimics Research 17.0. Para o cálculo da relação entre os resultados da ocorrência de hipernasalidade e as variáveis cirúrgicas foi utilizado o teste qui-quadrado e para a relação entre a ocorrência de hipernasalidade e as medidas maxilares, o teste t. Resultados: em relação à avaliação da hipernasalidade: a) das amostras gravadas: 86 (62%) pacientes não a apresentaram e 53 (38%) a apresentaram; b) das presenciais: 112 (81%) pacientes não a apresentaram e 27 (19%) a apresentaram; c) do THIPER: 113 (81%) pacientes não a apresentaram e 26 (19%) a apresentaram. Não houve relação estatisticamente significante entre a ocorrência de hipernasalidade para nenhum dos métodos avaliados (gravações, presencial e THIPER) e as variáveis cirúrgicas. A média das medidas maxilares foi 27,22 mm (DP=2,72 mm) para a DIC, 35,67 mm (DP=2,65 mm) para a DIT, 28,35 mm (DP=2,7 mm) para a DAP, 10,16 mm (DP=2,76 mm) para a LPF, 427,59 mm2 (DP=203,40 mm2) para a AF, 1.335,00 mm2 (DP=154,34 mm2) para a ALMa e 979,28 mm2 (DP=147,56 mm2) para a ALMe. Somente a relação entre a ocorrência de hipernasalidade por gravações e a medida da AF foi estatisticamente significante (média de 461,30 mm2 para pacientes com hipernasalidade e de 372,88 mm2 para pacientes sem hipernasalidade, p=0,01). Conclusão: a área da fissura foi a única medida, dentre as estudadas, que pôde predizer resultados de fala em pacientes com FLPU (AU)

Processo FAPESP: 17/01382-5 - Medidas do arco maxilar pré-palatoplastia primária como preditoras de resultados de fala em indivíduos com fissura labiopalatina
Beneficiário:Ana Flávia Rodrigues da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado