Busca avançada
Ano de início
Entree


Imunobiológicos para o diagnóstico laboratorial de ranavirose: clonagem e expressão do gene MCP de isolado brasileiro de Ranavirus e produção de anticorpos policlonais anti-proteína MCP recombinante

Texto completo
Autor(es):
Thaís Camilo Corrêa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Pirassununga.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Zootecnica e Engenharia de Alimentos (FZE/BT)
Data de defesa:
Membros da banca:
Ricardo Luiz Moro de Sousa; Mateus Maldonado Carriero; Lara Borges Keid; Hélio José Montassier; Paulo Sérgio Monzani; Cláudia Maris Ferreira Mostério
Orientador: Ricardo Luiz Moro de Sousa
Resumo

Membros do gênero Ranavirus, pertencente à família Iridoviridae, têm sido responsáveis por epizootias em animais ectotérmicos em várias partes do mundo, pois representam patógenos emergentes capazes de infectar três classes de vertebrados: peixes ósseos, anfíbios e répteis. No Brasil, os relatos de surtos por ranavirose sassociados ao Frogvirus3 (FV3) ocorrem desde meados dos anos 2000, sendo cada vez mais frequentes principalmente em criações comerciais de rã-touro. Portanto, as infecções por ranavírus representam um risco para outros setores da aquicultura, como a piscicultura. Neste contexto, visando a produção de imunorreagentes para uso em testes de diagnóstico, os objetivos foram: produzir a proteína recombinante do gene MCP (Major capsid protein) do isolado brasileiro deRanavirus,FV3-símile; produzir anticorpos policlonais de coelho anti-rMCP e, por fim, padronizar um teste de ELISA-IB (Indirect-Blocking Enzyme Linked Immunosorbent Assay). Para isso, foi construído o plasmídeo pET28a/MCP, transformado em Rosetta (™) (DE3) para a expressão da proteína rMCP. Após a purificação, a produção de anticorpos policlonais anti-rMCPfoi conduzida em dois coelhos jovens através de três inoculações da proteína rMCP, por via intramuscular e subcutânea, em intervalos de 14 dias, sendo os soros analisados por Immunoblot. Para a padronização do teste ELISA-IB, foram amostrados soros de rãs-touro e realizada a infecção experimental de tilápias do Nilo, para a obtenção de soros controles. Destaque para os resultados com o sucesso da expressão da proteína rMCP de 50kDa,no entanto, em sua forma insolúvel sob purificação desnaturante seguida de diálise. A rMCP desencadeou a produção de anticorpos policlonais nos coelhos, já na segunda imunização. No ELISA-IB, a proteína rMCP foi utilizada como antígeno viral, seguida dos soros testes e anticorpos de bloqueio (policlonal anti-rMCP). Contudo, problemas com a obtenção de soros controles adequados dificultaram a padronização do teste, sendo possível, no entanto, identificar porcentagem de inibição em soro de rã. O uso dos imunorreagentes produzidos e o ELISA-IB demostraram potencial promissor para o diagnóstico laboratorial de infecção por ranavírus em peixes, bem como anfíbios, no intuito de colaborar para a melhoria das condições sanitárias da aquicultura brasileira. Além disso, os imunorreagentes obtidos podem propiciar novos estudos para a produção de imunógenos vacinais contra o Ranavirus. (AU)

Processo FAPESP: 17/01356-4 - Imunobiológicos para o diagnóstico laboratorial de ranavirose: clonagem e expressão do gene MCP de isolado brasileiro de Ranavirus e produção de anticorpos policlonais anti-proteína MCP recombinante
Beneficiário:Thaís Camilo Corrêa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado