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Escherichia coli produtora de toxina de Shiga em carne moída comercializada na cidade de São Paulo, SP

Texto completo
Autor(es):
Adriana Lucatelli
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Conjunto das Químicas (IQ e FCF) (CQ/DBDCQ)
Data de defesa:
Membros da banca:
Mariza Landgraf; Roxane Maria Fontes Piazza; Véra Lúcia Mores Rall
Orientador: Mariza Landgraf
Resumo

Apesar de Escherichia coli O157:H7 ainda ser considerado o principal sorotipo envolvido com surtos de enfermidades veiculadas por alimentos entre as E. coli produtoras de toxina de Shiga (STEC), outros sorogrupos estão ganhando importância, como O26, O45, O103, O111, O121 e O145, que estão sendo denominados de \"Top Six STEC non O157\". As STEC são responsáveis por sintomas que variam de uma simples diarreia até diarreia sanguinolenta, que pode evoluir ainda para síndrome hemolítica urêmica e púrpura trombótica trombocitopênica, podendo ocasionar danos crônicos como falência renal e levar a óbito. Para tanto, apresentam diversos fatores de virulência, entre eles, as toxinas de Shiga (Stx) ou verotoxinas (Vtx). Os veículos destes micro-organismos são diversos alimentos, sendo o principal deles, as carnes moídas. Apesar da importância da carne moída como veículo transmissor de STEC, pouco se conhece sobre a sua presença nesse alimento comercializado na cidade de São Paulo, SP. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi pesquisar a presença de STEC em carne moída comercializada no varejo da cidade de São Paulo e caracterizar tais isolados quanto à presença dos seguintes fatores de virulência: stx1, stx2, eae e ehx. Foram coletadas 248 amostras em diferentes bairros da cidade de São Paulo. Para a detecção de E. coli sorogrupo O157 foi utilizada a metodologia ISO 16654 e para a detecção dos sorogrupos O103, O111, O145 e O26 foi empregada a metodologia descrita pelo Surveillance Group for Diseases and Infections of Animals (NRM 006). Uma amostra de carne moída (0,4%) apresentou o micro-organismo pesquisado. A identificação genotípica e bioquímica caracterizou esse isolado como STEC O157:H7, portador de todos os fatores de virulência pesquisados: stx1, stx2, eae e ehx. Foi constatada, também, a expressão das proteínas stx em células Vero. Esse é o primeiro relato da presença de E. coli O157:H7 produtora de toxina de Shiga em carne moída no Brasil. (AU)

Processo FAPESP: 10/03224-9 - Escherichia coli produtora de toxina de Shiga em carne moída comercializada na cidade de São Paulo, Brasil.
Beneficiário:Adriana Lucatelli
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado