Busca avançada
Ano de início
Entree


Semana Ilustrada, o Moleque e o Dr. Semana: imprensa, cidade e humor no Rio de Janeiro do 2º Reinado

Texto completo
Autor(es):
Renan Rivaben Pereira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Assis. 2015-09-17.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências e Letras. Assis
Data de defesa:
Orientador: Tania Regina de Luca
Resumo

A partir de 1860, dois personagens tornaram-se familiares aos leitores da imprensa fluminense: o Moleque e o Dr. Semana, figuras que se transformaram em sinônimo da publicação que lhes deu vida, a Semana Ilustrada. Nas edições semanais, o cenário urbano da corte ganhava traços caricaturais e o jovem escravo alfabetizado e seu senhor branco circulavam livremente pelas ruas, abordavam os rumos da política imperial, as apresentações artísticas dos teatros e denunciavam as condições precárias dos serviços públicos. Dentro de uma grande comédia dos cidadãos, os mendigos, ratoneiros, pretos tigres, leões do norte, políticos e sinhás namoradeiras estavam sujeitos a esbarrar no esperto menino de libré e seu ioiô de cabeça avantajada e cabeleira volumosa. Para compor um heterogêneo mapa citadino, a sociedade fluminense, suas relações sociais e seus hábitos públicos e privados eram expostos pelas crônicas e caricaturas que não deixavam de cultuar a fumaça industrial, as artes civilizadoras, os estudiosos da ciência e o tempo do progresso. Tendo em conta a longevidade da revista, que atravessou diversas conjunturas que particularizaram o Segundo Reinado, a Semana Ilustrada apresenta-se ao historiador como uma fonte instigante, que se entrelaçou à imprensa ilustrada oitocentista, à escravidão urbana do Rio de Janeiro, aos aspectos anatômicos, afetivos e morais dos habitantes e à lógica do riso e do humor da época (AU)

Processo FAPESP: 12/17667-5 - Semana Ilustrada, o Moleque e o Dr. Semana (1860/1876).
Beneficiário:Renan Rivaben Pereira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado