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Jornalismo e produção de conhecimento no movimento feminista: análise do Think Olga e Revista AzMina

Texto completo
Autor(es):
Heloisa Souza dos Santos
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Artes. 2019-10-08.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Arquitetura. Artes. Comunicação e Design. Bauru
Data de defesa:
Orientador: Caroline Kraus Luvizotto
Resumo

Os movimentos sociais, em busca de visibilidade e transformação, utilizam a internet e as mídias para denunciarem seus problemas, se organizarem e para produzir seu próprio jornalismo. A presente pesquisa busca analisar e identificar as formas como os movimentos sociais produzem conhecimento por meio do jornalismo, que é uma maneira de interpretar e registrar a realidade e seus saberes. Os objetos escolhidos, a Revista AzMina e a Think Olga são ligadas ao movimento feminista e se propõem a empoderar e conscientizar mulheres por meio da informação e jornalismo. Se trata de um estudo comparativo com a metodologia da Análise de Conteúdo amparada por descrições qualitativas do ambiente online, e busca identificar funções da comunicação mobilizadora e de enquadramento (framming) nos discursos. Em um primeiro momento, analisa-se as estratégias de comunicação e construção do conteúdo nos sites, a partir de descrição qualitativa. Na segunda etapa da pesquisa, aplica-se a Análise de Conteúdo em reportagens e textos publicados pelas duas iniciativas. Espera-se identificar as práticas jornalísticas que guiam esses conteúdos como forma de construção de conhecimento e transformação social, contribuindo assim para os estudos sobre movimentos sociais e mídia. Os resultados indicam um uso estratégico de recursos visuais e forte presença nas redes sociais pelos dois objetos. Apesar das muitas semelhanças, identifica-se algumas diferenças no posicionamento das organizações para executar seus objetivos, com uma postura mais participativa da Revista AzMina, enquanto a Think Olga apresenta uma visão da informação como um instrumento para a mudança social. As reportagens analisadas sugerem que o conhecimento é produzido em duas formas dentro das atividades jornalísticas: por meio da circulação de informações produzidas pelas iniciativas, e pelo próprio processo de produção, que parte de uma nova epistemologia para o jornalismo, baseada na ética feminista perspectiva interseccional. A presente pesquisa tem o fomento da FAPESP e CAPES, sob o processo de nº 2017/21587-0, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). As opiniões, hipóteses e conclusões ou recomendações expressas neste material são de responsabilidade da autora e não necessariamente refletem a visão da FAPESP e da CAPES. (AU)

Processo FAPESP: 17/21587-0 - Jornalismo online e produção de conhecimento nos movimentos sociais
Beneficiário:Heloísa Souza dos Santos
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado