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Detecção molecular de Plasmodium em áreas de malária autóctone localizadas em bioma de Mata Atlântica do estado de São Paulo

Texto completo
Autor(es):
Maria de Lourdes Rêgo Neves Farinas
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Sílvia Maria Fátima di Santi; Andrés Jimenez Galisteo Junior; Ricardo Luiz Dantas Machado
Orientador: Sílvia Maria Fátima di Santi
Resumo

A malária é uma das doenças tropicais mais relevantes no mundo e é um grande desafio para a ciência e para os programas de controle. É uma doença infecciosa febril, aguda e de evolução rápida, transmitida ao homem através da picada do mosquito Anopheles infectado por Plasmodium. A maioria dos casos no Brasil ocorre na Região Amazônica. Porém na Região Extra-Amazônica, considerada como área não endêmica, a doença tem impacto na vigilância epidemiológica devido aos casos importados e à possibilidade de ocorrência de surtos. Nesta região a malária tem relevância pela ocorrência de casos autóctones com baixa parasitemia e sintomatologia pouco exuberante. O estado de São Paulo historicamente apresenta transmissão de malária em regiões localizadas em Bioma de Mata Atlântica. O número de casos reportado pelos órgãos de vigilância pode ser subdimensionado, visto que o diagnóstico é realizado pelo teste de referência, a gota espessa, cuja sensibilidade varia muito em função da experiência do observador e da parasitemia sanguínea. Por sua alta sensibilidade, os testes moleculares têm se destacado frente às divergências no diagnóstico microscópico em casos de infecções mistas e infecções assintomáticas com baixas parasitemias. O objetivo deste estudo foi aplicar protocolos de PCR (qPCR e nested PCR) em amostras de sangue de habitantes onde ocorreram focos de malária autóctone do estado de São Paulo. Foram analisadas 955 amostras processadas por gota espessa e qPCR. Os resultados apresentam uma diferença na positividade entre a microscopia (6,9%) e a qPCR (22,9%) estatisticamente significante nas amostras de sangue total colhidas em EDTA. A utilização de protocolos moleculares na população habitante das áreas adjacentes aos casos autóctones permitirá a detecção de assintomáticos portando Plasmodium, servindo de fonte para transmissão de novos casos. Os resultados contribuem para o aprimoramento das ações de vigilância e controle em eventos de autoctonia (AU)

Processo FAPESP: 18/07890-5 - Detecção molecular de Plasmodium em áreas de malária autóctone localizadas em bioma de Mata Atlântica do Estado de São Paulo - o papel das infecções assintomáticas na manutenção da transmissão
Beneficiário:Maria de Lourdes Rego Neves Farinas
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado