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Eficiência de sequestro e composição de alcaloides em rãs-de-veneno da família Dendrobatidae

Texto completo
Autor(es):
Adriana Moriguchi Jeckel
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IBIOC/SB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Taran Grant; Andrés Eduardo Brunetti; Celia Regina Ribeiro da Silva Carlini; Alan Howard Savitzky
Orientador: Taran Grant; Ralph Anthony Saporito
Resumo

Algumas das espécies de animais evoluíram, independentemente, a capacidade de sequestrar esses compostos da dieta. Neste mecanismo, os compostos são ingeridos, absorvidos, transportados e armazenados em tecidos especializados. As espécies que são capazes de sequestrar compostos da dieta desenvolveram mecanismos e estratégias específicas que permitem eles consigam se alimentar e acumular grandes quantidades desses compostos sem se autointoxicar. As rãs-de-veneno são o grupo de vertebrados mais estudado que sequestra compostos defensivos da dieta. Eles sequestram alcaloides principalmente de formigas e ácaros e os acumulam em glândulas de veneno da pele. Devido a origem dos compostos defensivos, uma característica importante desse sistema é a grande variação inter e intraespecífica de tipos, quantidade e composição de alcaloides. Muitas causas ecológicas são conhecidas por interferirem diretamente nessa variação, como a localização geográfica, estação do ano, sexo, idade e disponibilidade de alimentos no ambiente. Entretanto, pouco se sabe sobre o mecanismo de sequestro em si e como ele pode também ser responsável por grande parte da variação de alcaloides em rãs-de-veneno. O objetivo geral da presente tese de doutorado foi avaliar como o mecanismo de sequestro pode interferir na variação de tipos, quantidade e composição geral de alcaloides encontrados em rãs-de-veneno da família Dendrobatidae. A tese se divide em cinco capítulos em formato de manuscrito científico que foram ou serão submetidos a jornais da área. No geral, as hipóteses testadas ajudam a avançar o limite de conhecimento desta área de estudo, demostrando que (1) existe uma grande variação na eficiência do sequestro por espécie, tipo de alcaloide, concentração de alcaloide e modificação de alcaloide; (2) o sequestro em rãs-de-veneno é um processo pouco eficiente; e (3) parece existir um mecanismo plesiomórfico de detoxificação/degradação de alcaloides em anuros que permite evitar intoxicação. Os resultados mostram que o sequestro em rãs-de-veneno é um mecanismo ainda mais complexo e multifatorial do que originalmente hipotetizado, mas apontam direções importantes a serem tomadas em pesquisas futuras. (AU)

Processo FAPESP: 16/09999-9 - Eficiência de sequestro, metabolismo e excreção de alcaloides em rãs de veneno e seus parentes que não sequestram
Beneficiário:Adriana Moriguchi Jeckel
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado