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Transição do colostro para o leite de cabras: novos horizontes nos estudos das proteínas aos metabólitos.

Texto completo
Autor(es):
Dielson da Silva Vieira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Araçatuba. 2020-10-23.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Medicina Veterinária. Araçatuba
Data de defesa:
Orientador: Francisco Leydson Formiga Feitosa; Pedro de Magalhães Padilha; Mateus Matiuzzi da Costa
Resumo

O leite de cabra é um alimento nutricionalmente complexo e que ao apresentar vários constituintes com diferentes potenciais bioativos, estes podem ser afetados por algumas enfermidades, mas que quando não, o consumo do leite e desses compostos afetam positivamente no desenvolvimento humano e animal. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar o proteoma e metaboloma do leite caprino em diferentes estágios de lactação, idade e padrões de saúde (animais cronicamente positivos para o vírus da artrite encefalite caprina-CAEV) assim como avaliar perfis in sílico da modelagem da lactoferrina do leite de diferentes mamíferos, contribuindo com estudos sobre o leite de ruminantes e outros animais. Para obtenção dos resultados foram utilizadas técnicas como 2D-PAGE, espectrometria de massas e modelagem in sílico com programas como o I-TASSER, ExpasyProtParam, COFACTOR, entre outros. Nos estudos proteômicos e metabolômicos os animais foram divididos em grupos, sendo no mínimo sete e cinco animais por grupo, respectivamente. Diante da série de metodologias aplicadas nesse estudo, chegou-se aos resultados seguintes. Quando avaliado o proteoma da transição do colostro ao leite das cabras, observou-se uma maior qualidade nas proteínas nos animais que tiveram o primeiro parto, animais mais velhos na produção apresentaram as mesmas proteínas, porém com menor qualidade. Assim como, com três dias após o parto o padrão de concentração das proteínas também mudou, havendo de modo geral, menor concentração da proteína comparado com o dia do nascimento. Em se tratando dos metabólitos, animais mais jovens apresentaram maior quantidade de metabólitos do que os mais velhos, e não existiu diferença no perfil de metabólitos entre animais positivos e negativos para o vírus da CAE. Grupos de metabólitos foram identificados como ácidos graxos (ácido oleico, ácido palmítico etc.), açúcares (sucrose, D-maltose etc.), aminoácidos e até outros compostos orgânicos (riboflavina). Quando se avaliou a modelagem da lactoferrina, essa proteína contém sua estrutura conservada no genoma de diversas espécies de mamíferos, porém a estrutura da proteína da cabra detém uma adição de aminoácidos que não afeta a função ou aspectos biológicos dessa proteína. Os modelos ao serem gerados, foram estatisticamente validados de acordo com os parâmetros estabelecidos pelos programas utilizados, por mais que os modelos gerados da lactoferrina nas espécies Capra hircus e Macaca mulatta possuam adição de alguns grupos de aminoácidos, não há alteração no perfil biológico e químico dessas proteínas quando comparadas com outros mamíferos. Desse modo, os dados obtidos fornecem informações acerca do proteoma e metaboloma do leite de cabras, assim como renovam informações sobre a modelagem de proteínas presentes nas secreções lácteas, contribuindo ainda mais para o crescimento de dados na pecuária de cabras de leite e estudos sobre vírus da artrite encefalite caprina. (AU)

Processo FAPESP: 17/22041-1 - Proteoma da transição do colostro para o leite em cabras: interações protéicas para a maturação dos sistemas imunológico e digestivo do recém-nascido
Beneficiário:Dielson da Silva Vieira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado