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A Circulação de Revolvimento do Atlântico Sul do passado para o futuro: caminhos de superfície e variabilidade de baixa-frequência

Texto completo
Autor(es):
Fernanda Marcello de Oliveira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto Oceanográfico (IO/DIDC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Ilana Elazari Klein Coaracy Wainer; Ricardo de Camargo; Edmo Jose Dias Campos; Marlos Pereira de Araujo Goes
Orientador: Ilana Elazari Klein Coaracy Wainer; Regina Rodrigues Rodrigues
Resumo

Os caminhos que compõem o ramo superior da Circulação de Revolvimento Global são investigados no setor do Atlântico Sul (AS). Estes são caracterizados por uma advecção de águas para norte, com início na borda sudeste da bacia, trazendo contribuições dos oceanos Pacífico e Índico através do sistema: 1) Corrente da Benguela - 2) Corrente Sul Equatorial - 3) Subcorrente Norte do Brasil, se estendendo até o Hemisfério Norte e sua região subpolar, para compensar o processo de formação de água profunda. A evolução espaço-temporal do fluxo é analisada, com foco na variabilidade de baixa-frequência e resposta às mudanças climáticas. Assumindo que o giro subtropical do AS (GSAS) e o ramo superior da Circulação de Revolvimento Meridional do Atlântico (CRMA) são sistemas acoplados, é explorada a interação entre essas feições oceânicas de grande-escala. Isso é realizado através de três investigações independentes. Primeiro, resultados de simulação do CESM1-POP2 apontam para uma intensificação e deslocamento para sul do sistema de circulação do GSAS no período de transição entre os séculos 2021, associados com um aumento do transporte em direção ao equador na borda oeste, ao longo do ramo superior da CRMA. Em seguida, mudanças na circulação da porção oeste do AS subtropical entre extremos climáticos do Último Milênio são investigadas com dados do CESM1-LME, revelando uma circulação anticiclônica do GSAS mais (menos) intensa durante o período quente (frio), com diminuição (aumento) do transporte para norte associado com a CRMA. Por fim, a resposta forçada dos caminhos de circulação do AS que estão ligados à CRMA e ao GSAS é representada através de simulações históricas e projeções futuras, de acordo com um cenário pessimista de forçante radiativa (o RCP8.5), pela média dos 40 membros do conjunto CESM1-LE. Tendências de longo prazo são encontradas desde porções anteriores a posteriores ao longo do fluxo, as quais estão associadas ao enfraquecimento da CRMA observado no presente e projetado para o futuro, bem como à mudanças na circulação do oceano superior forçadas pelo vento, de acordo com a literatura científica recente. Em conclusão, esta tese de doutorado fornece contribuições importantes para o entendimento da evolução temporal da dinâmica de sistemas de circulação fundamentais no contexto atual de mudanças climáticas antropogênicas sem precedentes. (AU)

Processo FAPESP: 17/16511-5 - A circulação de revolvimento meridional do Atlântico Sul do passado para o futuro: caminhos e variabilidade de baixa frequência
Beneficiário:Fernanda Marcello de Oliveira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado