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Efeito da frequência de uso de dentifrício fluoretado na desmineralização e remineralização do esmalte e da dentina

Texto completo
Autor(es):
Diego Figueiredo Nóbrega
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Jaime Aparecido Cury; Fausto Medeiros Mendes; Carlos Alberto Feldens
Orientador: Livia Maria Andaló Tenuta; Jaime Aparecido Cury
Resumo

Para uma maior eficácia no controle da cárie de esmalte, tem sido recomendado que a escovação dental com dentifrício fluoretado (DF) deveria ser feita pelo menos 2x/dia, entretanto além de frequências maiores não terem sido experimentalmente testadas, nada é conhecido a esse respeito quanto ao controle da cárie radicular. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da frequência de uso de dentifrício fluoretado (0, 1, 2, ou 3x/dia) na desmineralização e remineralização do esmalte e dentina, em condições de acúmulo de biofilme dental e exposição à sacarose. Foi desenvolvido um estudo in situ do tipo cruzado, duplo-cego em 4 fases de 14 dias cada, durante as quais 18 voluntários utilizaram dispositivos palatinos contendo, no mesmo aparelho, blocos dentais de esmalte e de dentina, tanto hígidos como cariados, cujas durezas de superfície (DS) foram pré-determinadas. Em cada fase, os voluntários utilizaram dentifrício fluoretado (DF) de 0 a 3x/dia, submetendo os blocos dentais a um dos seguintes tratamentos: 1) Escovação com dentifrício placebo de flúor (DP) 3x/dia; 2) Escovação com DF (1.100 µg F/g) 1x/dia e com DP 2x/dia; 3) Escovação com DF 2x/dia e 1x/dia com DP e 4) Escovação com DF 3x/dia. Sobre os blocos dentais foi permitido o acúmulo de biofilme e solução de sacarose a 20% foi gotejada 8x/dia sobre os blocos hígidos, os quais estavam dispostos de um lado do aparelho, e 3x/dia sobre os cariados, colocados do outro lado. Ao final de cada fase, o biofilme formado sobre os blocos dentais foi individualmente coletado para análise da concentração de fluoreto no fluido do biofilme. A desmineralização nos blocos dentais hígidos e a remineralização nos cariados foi respectivamente estimada pela porcentagem de perda (%PDS) e recuperação da dureza de superfície (%RDS). A concentração de flúor solúvel em álcali nos blocos dentais foi também determinada. Os resultados foram analisados por regressão linear e análise de variância, de forma independente para os blocos dentais de esmalte e de dentina, hígidos ou cariados. No esmalte, a %PDS, a %RDS e a concentração de F solúvel em álcali foram função direta da frequência de escovação com dentifrício fluoretado (p < 0,05), havendo diferença significativa entre os tratamentos. Para dentina, a %PDS e a concentração F solúvel em álcali também foram função da frequência de uso de dentifrício fluoretado (p < 0,05), mas não a %RDS (p = 0,15). Com relação à análise do fluido do biofilme, só foi encontrada associação significativa entre concentração de fluoreto e frequência de uso de dentifrício fluoretado para o biofilme formado sobre os blocos hígidos de esmalte (p < 0,05). Os dados sugerem que a frequência de uso de dentifrício fluoretado é importante para reduzir a desmineralização tanto do esmalte como da dentina radicular, mas quanto à remineralização o efeito do dentifrício fluoretado é mais relevante para o esmalte do que para a dentina (AU)

Processo FAPESP: 12/02815-9 - Efeito da frequência de escovação com dentifrício fluoretado na desmineralização do esmalte e da dentina radicular
Beneficiário:Diego Figueiredo Nóbrega
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado