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Avaliação da presença e ecogenicidade do trombo residual na fase tardia da trombose venosa e sua associação com síndrome pós-trombótica e recidiva da doença

Texto completo
Autor(es):
Bruna de Moraes Mazetto Fonseca
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Joyce Maria Annichino Bizzacchi; Fábio Hüsemann Menezes; Kleber Yotsumoto Fertrin; Nelson Wolosker; Daniel Dias Ribeiro
Orientador: Joyce Maria Annichino Bizzacchi; Fernanda Loureiro de Andrade Orsi
Resumo

A trombose venosa profunda (TVP) é uma doença multifatorial em que ocorre a formação de um trombo no interior de um vaso do sistema venoso profundo. Atualmente, os maiores desafios após um episódio trombótico são prevenção das sequelas tardias relacionadas à doença, como a recidiva e o surgimento de síndrome pós-trombótica (SPT), que podem ser observadas mesmo frente a um manejo anticoagulante adequado. A avaliação do trombo venoso residual como fator de risco para ambas as sequelas vem sendo estudada nos últimos anos, mas até hoje não houve um consenso entre estudos publicados em relação ao seu papel na recidiva da doença e na manutenção e gravidade da SPT, sendo o fator mais importante para a ausência de consenso a falta da padronização de uma metodologia adequada para avaliação desse trombo. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar se a presença e ecogenicidade do trombo venoso residual, evidenciada pela análise GSM (grayscale median) de imagens obtidas por ultrassonografia, poderia ser uma ferramenta na avaliação de complicações tardias da TVP: SPT e recidiva. Para a avaliação do papel do trombo residual na SPT, o modelo de estudo utilizado foi o transversal, e na recidiva, o prospectivo. Foram incluídos no estudo 56 pacientes com TVP de membros inferiores. No momento da inclusão no estudo, os pacientes foram submetidos a análise ultrassonográfica e coleta de sangue para dosagem de dímero-D. Esses pacientes foram acompanhados durante dois anos, quando foram reconvocados para a realização de um novo exame ultrassonográfico, avaliação clínica (para detecção de SPT e obesidade) e coleta de sangue para dosagem dos níveis de proteína C reativa (PCR). Dos 56 pacientes incluídos, 41 apresentaram SPT, sendo que a SPT leve foi detectada em 23 pacientes, SPT moderada em 11, e grave em 7. Pacientes com SPT grave eram predominantemente obesos, apresentaram níveis elevados de PCR e também foram caracterizados pela presença de trombo hipoecóico quando comparados aos pacientes com SPT leve-moderada ou com pacientes sem SPT. Em relação a recidiva da doença, 10 pacientes tiveram esse desfecho e todos apresentaram trombo residual ao ultrassom. Valores de dímero-d acima de 630 ng/mL conferiram alto risco para recorrência, a ausência de trombo residual teve um efeito protetor, e a presença do trombo residual hipoecóico mostrou ser um marcador preditivo do risco de recorrência. Esses resultados permitem concluir que pacientes que apresentam trombo hipoecóico, após a fase aguda da TVP, parecem ter uma pior evolução clínica em comparação aos pacientes que não apresentam trombo hipoecóico. Assim, a ecogenicidade do trombo residual pela análise GSM, poderia representar uma nova estratégia para avaliação do prognóstico em relação às complicações tardias da TVP (AU)

Processo FAPESP: 12/14082-6 - Avaliação da persistência do trombo agudo na fase tardia da trombose venosa profunda
Beneficiário:Bruna de Moraes Mazetto Fonseca
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado