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Investigação e caracterização filogenética de Coronavírus na biota de aves silvestres e sinantrópicas provenientes das regiões Sul e Sudeste do Brasil

Texto completo
Autor(es):
Ricardo Durães de Carvalho
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Clarice Weis Arns; Claudio Chrysostomo Werneck; Marcelo Lancellotti; Luiz Carlos Júnior Alcântara; Maria Angela Orsi
Orientador: Márcia Mercês Aparecida Bianchi dos Santos; Clarice Weis Arns
Resumo

A evolução e a dinâmica populacional dos Coronavírus (CoVs) ainda permanecem pouco exploradas. No presente estudo, análises filogenéticas e de filogeografia foram conduzidas para investigar a dinâmica evolutiva dos CoVs detectados em aves silvestres e sinantrópicas. Um total de 500 amostras, que inclui os suabes traqueais e cloacais coletados de 312 aves silvestres pertencentes a 42 espécies, foram analisadas através da RT-qPCR. Sessenta e cinco amostras (13%) provenientes de 23 espécies foram positivas para o Coronavírus aviário (AvCoV). Trezentos e duas amostras foram investigadas para a pesquisa do Pan-Coronavírus (Pan-CoV) através do nPCR, destas, 17 (5,6%) foram positivas, sendo que 11 foram detectadas em espécies diferentes. Análises filogenéticas dos AvCoVs revelaram que as sequências de DNA das amostras coletadas no Brasil não agruparam com nenhuma das sequências do gene Spike (S1) dos AvCoVs depositados no banco de dados GenBank. Análise Bayesiana estimou uma variante do AvCoV proveniente da Suécia (1999) como o ancestral comum mais recente dos AvCoVs detectados neste estudo. Além disso, as análises realizadas através do "Bayesian Skyline Plot" (BSP) inferiram um aumento na dinâmica da população demográfica do AvCoV em diferentes espécies de aves silvestres e sinantrópicas. As análises filogenéticas do Pan-CoV mostrou que a maioria das amostras se agruparam com o Vírus da Hepatite Murina A59 (MHV A59), CoV pertencente ao grupo dos Beta-CoVs. Uma amostra [CoV detectado em Amazona vinacea(Papagaio-de-peito-roxo)] se agrupou com um CoV de Suínos, o PCoV HKU15, que pertence ao gênero Delta-CoV, ainda não relatado na América do Sul. Nossos achados sugerem que as aves podem ser novos potenciais hospedeiros responsáveis pela propagação e disseminação de diferentes CoVs para diferentes espécies de animais (AU)

Processo FAPESP: 13/03922-6 - Investigação e caracterização filogenética de Coronavírus na biota de aves silvestres e sinantrópicas provenientes das Regiões Sul e Sudeste do Brasil
Beneficiário:Ricardo Durães de Carvalho
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado