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Avaliação da bioenergética mitocondrial e estresse oxidativo em células prostáticas humanas tratadas com ácido docosahexaenóico e melatonina

Texto completo
Autor(es):
Guilherme Henrique Tamarindo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Rejane Maira Góes; Ana Angélica Henrique Fernandes; Wagner José Fávaro
Orientador: Marina Guimarães Gobbo; Rejane Maira Góes; Fernanda Ramos Gadelha
Resumo

O câncer de próstata está entre as cinco principais causas de morte no mundo e um dos fatores que contribuem para esse alto índice de mortalidade são as limitações no diagnóstico precoce. Neste sentido, tem-se buscado estratégias de redução dos riscos de desenvolver a patologia pela quimioprevenção. O ácido docosahexaenóico (DHA) e a melatonina (MLT) têm sido investigados como agentes antitumorais e existem fortes evidências do envolvimento das mitocôndrias nesse processo, o que até o momento não foi completamente elucidado. Neste sentido, na tentativa de testar o potencial preventivo, nosso objetivo foi avaliar se o DHA reduz a proliferação e sobrevivência de células PNT1A mediado pelo aumento do estresse oxidativo, como também se a MLT exerce o mesmo efeito modulando a bioenergética mitocondrial. Além disso, testamos também se combinados têm efeito amplificado. Primeiramente, observamos que: (1) O DHA apresentou comportamento hormético, de forma que estimulou a proliferação em menores concentrações, mas diminuiu na maior molaridade testada de 100µM para os tempos 48 e 72h; (2) a MLT exibiu efeito anticlonogênico a partir de 1µM, o que foi amplificado na co-incubação com o lipídio. O efeito antiproliferativo do DHA (100µM) e da MLT (1µM) com 48h de exposição indicaram que: (3) o ômega-3 elevou o estresse oxidativo acompanhado de aumento da área e perímetro mitocondrial, parâmetros reduzidos pela MLT; (4) a indolamina sozinha ou combinada com o lipídio melhorou a fosforilação oxidativa e recuperou a capacidade das células de responderem a situações de estresse, provocado pelo DHA; (5) A MLT estimulou e o DHA reduziu o acúmulo de glicogênio intracelular; (6) isolados ou em combinação, os tratamentos inativaram AKT, sendo que o hormônio individualmente inibiu a via do mTOR e na presença do DHA ativou a via ERK1/2; (7) o hormônio co-incubado com o DHA aumentou a expressão de GSTP1; (8) ambos os compostos não alteraram a expressão de AR, mas a MLT aumentou a captação de testosterona pelas células PNT1A; e (9) os efeitos da indolamina observados não foram dependentes de receptores MTR1 e MTR2. Por outro lado, constatamos que o DHA estimulou da proliferação celular (50µM por 48h) na maior concentração, provavelmente devido à retenção citoplasmática do PPAR?. Em conclusão, esses resultados sugerem cautela na suplementação com DHA, tendo em vista seu papel supressor ou estimulador da proliferação. Além disso, a propriedade quimiopreventiva de ambos, isolados ou em combinação, ficou evidenciada e coloca o estresse oxidativo, em especial as mitocôndrias, como importantes alvos na redução da sobrevivência de células epiteliais prostáticas com alterações pré-malignas (AU)

Processo FAPESP: 15/13371-2 - Avaliação da bioenergética mitocondrial e estresse oxidativo em células prostáticas humanas tratadas com ácido docosahexaenóico e melatonina
Beneficiário:Guilherme Henrique Tamarindo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado