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Avaliação das atividades antioxidante, cicatrizante e anticâncer de araticum (Annona crassiflora Mart.) in vitro

Texto completo
Autor(es):
Lívia Garcia Prado
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Engenharia de Alimentos
Data de defesa:
Membros da banca:
Glaucia Maria Pastore; Giovanna Barbarini Longato; Juliano Lemos Bicas
Orientador: Glaucia Maria Pastore; João Ernesto de Carvalho
Resumo

O presente trabalho teve por objetivo a caracterização dos extratos brutos da casca e das sementes de Annona crassiflora Mart., a quantificação de compostos fenólicos totais, flavonoides e taninos condensados e a análise das atividades antioxidante, anticâncer e cicatrizante in vitro destes extratos. A caracterização dos extratos brutos foi feita por meio da análise por UHPLC-ESI-MS/MS. A quantificação de compostos fenólicos totais, flavonoides e taninos presentes nas amostras, bem como a capacidade antioxidante avaliada pelos ensaios de DPPH e TEAC foram efetuadas utilizando o espectrofotômetro e a avaliação da capacidade antioxidante por ORAC foi realizada em leitor de microplacas. Um ensaio antiproliferativo foi realizado com oito linhagens tumorais (U251, MCF-7, NCI-ADR/RES, NCI-H460, PC-3, OVCAR-3, HT-29 e K562) e duas linhagens não tumorais (HaCaT e 3T3) por meio da coloração de proteínas viáveis com sulforrodamina B. Ensaio de migração celular foi realizado com queratinócitos humanos imortalizados (HaCaT) e fibroblastos murinos (3T3) e a análise do ciclo celular com células de glioma (U251). Os compostos epicatequina (6221,63 µg/g) e catequina (579,40 µg/g) foram identificados como compostos majoritários do extrato da casca. Este extrato também apresentou 311,03 mg/g de fenóis totais, 117,12 mg/g de flavonoides, 179,94 mg/g de taninos e atividade antioxidante comprovada pelos ensaios DPPH (1065 µmol TE/g), TEAC (2022,13 µmol TE/g), ORAC hidrofílico (1302,68 µmol TE/g) e ORAC lipofílico (4643,78 µmol TE/g). No extrato das sementes, os compostos majoritários identificados foram a quercetina (21,11 µg/g) e o ácido clorogênico (16,41 µg/g). Foram quantificados 214,04 mg/g de fenóis totais, 23,74 mg/g de flavonoides, 3,27 mg/g de taninos e atividade antioxidante comprovada pelos ensaios DPPH (917 µmol TE/g), TEAC (190,54 µmol TE/g), ORAC hidrofílico (557,10 µmol TE/g) e ORAC lipofílico (5166,31 µmol TE/g). No ensaio antiproliferativo o extrato bruto da casca apresentou valor de TGI mais significativo como inibidor para a linhagem tumoral de glioma (U251 ¿ TGI = 37,64 µg/mL), ao passo que, o extrato bruto das sementes apresentou atividade antiproliferativa para as linhagens tumorais de ovário com fenótipo de resistência (NCI-ADR/RES ¿ TGI = 5,36 µg/mL) e próstata (PC-3 ¿ TGI = 16,60 µg/mL). O extrato das sementes induziu parada do ciclo celular nas fases G1 e G2/M de células de glioma (U251), apresentando potencial como inibidor mitótico, enquanto a casca induziu parada na fase G1. No ensaio de migração realizado com queratinócitos (HaCat), o extrato das sementes induziu 73% de fechamento da ranhura na sua maior concentração (3,6 µg/mL) e o extrato da casca inibiu a migração, permitindo que apenas 3,8% da ranhura fosse fechada em sua maior concentração (36 µg/mL). Já no ensaio com fibroblastos murinos (3T3), o extrato da casca induziu 34% de fechamento (3,1 µg/mL) e o das sementes 28% (1,5 µg/mL). Ambos os extratos de araticum apresentaram atividades antioxidante e anticâncer, e o extrato das sementes ação cicatrizante. Estes resultados sugerem um potencial no uso dos extratos de araticum como fonte de novos fármacos ou no enriquecimento de alimentos processados (AU)

Processo FAPESP: 16/15746-6 - Avaliação da atividade cicatrizante de araticum (Annona crassiflora Mart.)in vitro
Beneficiário:Lívia Garcia Prado
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado