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Estudo do papel da ARHGAP21 durante a diferenciação megacariocítica e no processo hemostático

Texto completo
Autor(es):
Vanessa Aline Bernusso
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Sara Teresinha Olalla Saad; Jörg Kobarg; Nicola Amanda Conran Zorzetto; Daniela Sanchez Bassères; Luciene Borges
Orientador: Sara Teresinha Olalla Saad; Mariana Lazarini
Resumo

A reorganização do citoesqueleto mediada pela família de proteínas Rho GTPases é essencial durante a diferenciação do megacariócito e formação de plaquetas. As diferentes funções plaquetárias também dependem da intensa reorganização do citoesqueleto. As proteínas RhoGAP, como ARHGAP21, atuam como reguladores negativos de Rho GTPases, acelerando sua inativação. Nosso grupo de pesquisa reportou a participação da ARHGAP21 na regulação de funções de células-tronco e progenitores hematopoiéticos, incluindo seu comprometimento nas células progenitoras megacariocíticas. No presente estudo, investigamos o papel da ARHGAP21 na diferenciação megacariocítica e função plaquetária. Para tal, utilizamos dois modelos: 1) células de eritroleucemia humana (HEL) silenciadas para ARHGAP21 e submetidas à diferenciação megacariocítica in vitro e 2) camundongos heterozigotos nocautes para Arhgap21 (Arhgap21+/-). Proteínas do citoesqueleto foram investigadas por microscopia confocal e western blot em células HEL silenciadas para ARHGAP21 e submetidas à diferenciação megacariocítica. Marcadores de diferenciação e ploidia foram avaliados por citometria de fluxo. O modelo de camundongo Arhgap21+/- foi usado para avaliar a diferenciação megacariocítica de células progenitoras primárias. O tempo de oclusão do vaso e a formação de trombo foram detectados após lesão da artéria carótida de camundongo Arhgap21+/- com FeCl3. Agregação plaquetária e exposição à p-selectina da Arhgap21+/- foram avaliados em resposta à trombina com um agregômetro. A morfologia plaquetária foi avaliada por microscopia eletrônica. A expressão da ARHGAP21 foi aumentada durante a diferenciação megacariocítica na linhagem celular e células primárias de camundongo. No modelo de células HEL, a proteína ARHGAP21 foi detectada nas protrusões citoplasmáticas colocalizada e associada à tubulina ? e foi detectada principalmente na fração celular proteica contendo a tubulina polimerizada. O silenciamento da ARHGAP21 diminuiu a expressão da tubulina glu, sugerindo instabilidade dos microtúbulos e maior espalhamento com aumento de protrusões celulares. Ainda, em células HEL, o silenciamento da ARHGAP21 aumentou a atividade de CDC42, enquanto não foram observadas alterações na atividade de RHOA. Em modelo de camundongo Arhgap21+/-, observamos aumento de agregação plaquetária in vitro induzida por trombina e exposição à p-selectina. Houve maior atividade de RHOA e CDC42 em células primarias da medula óssea de Arhgap21+/- submetidas a diferenciação megacariocítica em comparação a células selvagens. Plaquetas Arhgap21+/- também apresentaram aumento no tamanho de grânulos ?. Estes resultados foram associados com o menor tempo de sangramento caudal e aceleração de formação de trombo após injuria da artéria carótida com FeCl3. Nossos resultados indicam que ARHGAP21 é uma proteína crítica na regulação da produção e função plaquetária por meio do controle do rearranjo do citoesqueleto (AU)

Processo FAPESP: 13/13022-2 - Estudo do papel da proteína ARHGAP21 na formação de plaquetas e angiogênese
Beneficiário:Vanessa Aline Bernusso
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado