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Representação de si e da sociedade nas memórias de Chateaubriand

Texto completo
Autor(es):
Melissa Raquel Zanetti Franchi Christofoletti
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Estudos da Linguagem
Data de defesa:
Membros da banca:
Jefferson Cano; Mario Luiz Frungillo; Beatriz Cerisara Gil; Silvana Mota Barbosa; Izabel Andrade Marson
Orientador: Jefferson Cano
Resumo

O trabalho explora a ligação entre sujeito, literatura e história nas Mémoires d’outre tombe (1849), de François-René de Chateaubriand, um dos iniciadores do Romantismo francês. Parte-se de três principais frentes: a permeabilidade entre a autorrepresentação e a imagem do escritor construída e propagada por seus contemporâneos; a importância da noção de vaidade aplicada à paisagem natural e humana para o aprimoramento da subjetividade do memorialista, que vê em sua obra um caminho para se inscrever na história; e a metáfora do mundo como teatro e a reflexão sobre a necessidade de representação, em uma sociedade na qual a obsolescência e a impermanência se tornavam cada vez mais sensíveis, apesar de todas as vãs tentativas de superá-las. Pretende-se abordar como o caráter limiar das memórias, na intersecção entre subjetividade, ficção e história, contribui para um vislumbre da consolidação da figura do escritor e da transformação do campo literário e historiográfico na primeira metade do século XIX, estendendo-se para uma compreensão histórica da época, profundamente influenciada pela revolução. Chateaubriand, reivindicando simultaneamente a singularidade e a exemplaridade de sua trajetória, lança mão de sua diversificada e expressiva experiência de vida para narrar, em registro literário, eventos coletivos que se entrelaçam a acontecimentos pessoais, à publicação de seus escritos e à sua atuação política. Por fim, a pesquisa investiga como o embate entre esfera pública e privada, fundamental à constituição da subjetividade romântica de Chateaubriand, funda também a dinâmica política da Restauração, período em que o autor viu frustrada sua expectativa de união entre grandiosidade, tradição e modernidade (AU)

Processo FAPESP: 18/13314-7 - História e memória: o eu, o escritor e a sociedade em Mémoires d'Outre-Tombe
Beneficiário:Melissa Raquel Zanetti Franchi Christofoletti
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado