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Desenvolvimento de partículas poliméricas como sistemas carreadores de produto bioativo

Texto completo
Autor(es):
Janaína Artem Ataide
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Priscila Gava Mazzola; João Ernesto de Carvalho; Marlus Chorilli
Orientador: Priscila Gava Mazzola; Laura de Oliveira Nascimento
Resumo

A bromelina, um complexo de substâncias extraídas principalmente do abacaxi (Ananas comosus L.), apresenta reconhecidas propriedades anti-inflamatória, antitrombótica e fibrinolítica, atividade antitumoral e efeito imunomodulador, o que tem atraído atenção para seu uso no cuidado da pele. No entanto, a bromelina é geralmente instável em condições de estresse, o que resulta em uma diminuição de sua atividade enzimática, limitando suas aplicações farmacológicas e industriais. A nanoencapsulação da bromelina pode aumentar sua estabilidade, eficácia e segurança, além de modificar sua cinética de liberação. A quitosana, um polímero natural, forma nanoestruturas que podem aprisionar a enzima, mantendo as reivindicações de biocompatibilidade, biodegradabilidade e fonte natural da formulação como todo. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo encapsular a bromelina em nanopartículas de quitosana, a fim de aumentar a estabilidade desse complexo enzimático. Para isso, nanopartículas de quitosana-bromelina foram produzidas pelo método de geleificação iônica, resultando em partículas esféricas com 100,9 ± 0,5 nm e índice de polidispersão de 0,222 ± 0,012. A eficiência da encapsulação foi de 87,4% da concentração de proteínas, correspondendo a 80,7% da atividade enzimática. No entanto, a nanopartícula de quitosana-bromelina não apresentou a estabilidade desejada quando armazenada em suspensão aquosa, e por isso foram liofilizadas. Glicina ou maltose foram utilizadas como lioprotetores, resultando em um produto elegante e com curto tempo de reconstituição, alterando o tamanho das nanopartículas e aumentando a taxa de encapsulação quando comparada a forma líquida. Além disso, o trabalho também tinha como objetivo avaliar a atividade e a toxicidade in vitro das nanopartículas produzidas. Para isso, ensaios de atividades antioxidante e antioproliferativa foram conduzidos com a bromelina livre e nanoencapsulada. Após o processo de nanoencapsulação, a bromelina manteve sua atividade antioxidante e antiproliferativa, no entanto foram necessários maior tempo ou maior concentração para o mesmo efeito ser observado, sugerindo que a bromelina foi encapsulada de forma eficiente e que sua cinética de liberação pode ter sido modificada. Outro teste de atividade conduzido foi o teste de scratch in vitro com queratinócitos, no qual a nanoencapsulação da bromelina com a quitosana também se mostrou efetiva em aumentar a retração de ferida no ensaio de scratch in vitro com queratinócitos, quando comparada a bromelina livre. Os resultados obtidos nos permitem concluir que a bromelina foi encapsulada nas nanopartículas de quitosana com eficiência satisfatória. A formulação final foi liofilizada com a adição de glicina ou maltose como lioprotetores, resultando em uma maior eficiência de encapsulação da bromelina, assim como uma maior estabilidade. Após a encapsulação, a bromelina manteve sua atividade antioxidante e antiproliferativa, sendo dependente do uso de uma maior concentração. Além disso, a nanoencapsulação aumentou sua atividade na retração de ferida no ensaio de scratch in vitro (AU)

Processo FAPESP: 15/15068-5 - Desenvolvimento de partículas poliméricas como sistemas carreadores de produto bioativo
Beneficiário:Janaína Artem Ataide
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado