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Interferência do alumínio na hidratação da parte aérea em Citrus x limonia e no desempenho fotossintético em Ilex paraguariensis e Qualea grandiflora

Texto completo
Autor(es):
Giselle Schwab Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Rio Claro. 2022-10-31.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Biociências. Rio Claro
Data de defesa:
Orientador: Gustavo Habermann; Marina Alves Gavassi
Resumo

Em espécies sensíveis ao Al, o primeiro sintoma de toxicidade a este elemento é a redução no crescimento da raiz. Esta inibição no crescimento tem sido associada a reduções na hidratação foliar, que por sua vez afeta negativamente a performance fotossintética, reduzindo a condutância estomática (gs). Em contrapartida, algumas plantas são capazes de crescer bem em solos com elevada disponibilidade de Al e algumas delas são capazes de acumular grandes quantidades de Al em seus tecidos (acumuladoras de Al), sem apresentar sintomas de toxicidade. No presente trabalho, para testar diferentes hipóteses em relação ao Al, utilizamos três espécies, uma sensível (Citrus x limonia), uma tolerante (Ilex paraguariensis) e uma acumuladora de Al (Qualea grandiflora). Todos os experimentos foram realizados por 60 dias em solução nutritiva. Plantas de C. x limonia foram expostas a 0 e 1480 M Al para avaliar se reduções na hidratação foliar ocorrem antes ou depois da inibição no crescimento da raiz. Aqui evidenciamos reduções em gs logo aos 3 dias de exposição ao Al e isto foi acompanhado de maior concentração do hormônio ácido abscísico (ABA) nas folhas. Reduções significativas no crescimento da raiz foram observadas aos 30 dias. Logo, reduções nos parâmetros hídricos e hidráulicos, em plantas expostas ao Al ocorreram bem antes da inibição no crescimento da raiz. Plantas de I. paraguariensis foram expostas a 0, 500, 1000 e 1500 M Al para testar se o Al induz o crescimento com consequente melhora na performance fotossintética. Plantas expostas a 500 e 1000 M Al apresentaram maior crescimento e biomassa em relação às plantas crescendo sem Al. A ausência de Al comprometeu o crescimento da raiz, reduziu a hidratação foliar e resultou em diminuição na performance fotossintética. Mudas de Q. grandiflora foram expostas a 0, 740 e 1480 M Al a fim de verificar se o Al na solução nutritiva aumenta a assimilação de CO2 devido a uma melhor eficiência aparente de carboxilação da enzima ribulose-1,5-bifosfato carboxilase-oxigenase (Rubisco). Neste experimento evidenciamos que plantas expostas aos dois tratamentos com Al apresentaram melhor desenvolvimento de raiz e maiores taxas de trocas gasosas devido a uma maior eficiência aparente de carboxilação da Rubisco. Porém essa maior eficiência da Rubisco está mais associada à melhor hidratação das folhas e trocas gasosas do que a algum efeito direto do Al sobre a performance da enzima. A ausência de Al tornou as raízes destas plantas necróticas, disfuncionais e, consequentemente, menor hidratação das folhas foi observada. (AU)

Processo FAPESP: 18/25658-2 - Interferência do alumínio na hidratação da parte aérea em Citrus limonia e no desempenho fotossintético em Vochysia tucanorum
Beneficiário:Giselle Schwab Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado