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Impacto do HPV no perfil proteômico e resposta à imunoterapia no câncer de cabeça e pescoço

Texto completo
Autor(es):
Marisol Miranda Galvis
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Luiz Paulo Kowalski; Cristiane Helena Squarize; Claúdia Malheiros Coutinho Camillo; Edgard Graner
Orientador: Luiz Paulo Kowalski; Adriana Franco Paes Leme
Resumo

Os mecanismos moleculares de oncogênese do vírus do papiloma humano de alto risco (HR-HPV, do inglês High risk - human papillomavirus) nos tumores de orofaringe estão bem estabelecidos e descritos na literatura. Em relação à cavidade oral, um estudo recente que determinou a prevalência de 17 subtipos de HR-HPV, revelou uma alta frequência de HPV ADN 16 no carcinoma de células escamosas (CCE) oral em pacientes jovens, e o papel do vírus transcricionalmente inativo nesses tumores ainda é inexplorado. Complementarmente, tem sido demostrado que a infecção pelo HPV nos tumores de cabeça e pescoço influencia a resposta às modalidades terapêuticas, apresentando melhores taxas de sobrevida. Por tanto, a presente tese se propôs avaliar o impacto do HPV no perfil proteômico com o intuito de explorar o papel do HR-HPV no desenvolvimento e progressão do CCE oral, assim como a sua influência na resposta à imunoterapia no câncer de cabeça e pescoço. Com esta finalidade, foram micro dissecadas a laser ilhas neoplásicas de 20 tumores de CCE oral de pacientes menores de 40 anos em estádio clínico avançado, para sua análise por espectrometria de massa. Posteriormente, os resultados foram validados com tissue microarray, e ensaios in vitro com linhagens de células de CCE oral HPV positivas e negativas possibilitaram pesquisar a atividade biológica das proteínas previamente identificadas. Em adição, foi realizada uma revisão sistemática e meta-análise de clinical trials avaliando a eficácia e segurança da imunoterapia no câncer de cabeça e pescoço, enfatizando a resposta nos tumores associados ao HPV. Os resultados demonstraram que o perfil proteômico dos CCE oral HR-HPV ADN positivos apresenta diferenças dos HR-HPV ADN negativos. Foi identificada a superexpressão da proteína S100A8 nos tumores associados ao HPV, e a ativação da via dessa proteína levou a uma reposta pró inflamatória exclusivamente nos tumores HPV positivos, sugerindo que a presença do vírus pode levar a uma modificação no microambiente tumoral com uma presumível influência na carcinogênese oral. Por outro lado, a revisão de literatura e meta-análise demostraram que a imunoterapia melhora as taxas de resposta e sobrevida com redução nas toxicidades nos pacientes com câncer de cabeça e pescoço, e um maior benefício foi observado nos tumores associados ao HPV (AU)

Processo FAPESP: 16/03248-1 - Análise proteômica por espectrometria de massas do carcinoma de células escamosas oral em pacientes jovens
Beneficiário:Marisol Miranda Galvis
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado