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Mecanismos de coexistência de três espécies congenéricas simpátricas em uma floresta tropical

Texto completo
Autor(es):
Kelly Fernandes de Oliveira Ribeiro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Flavio Antonio Maës dos Santos; Rita de Cássia Quitete Portela; Simone Aparecida Vieira; Laszlo Karoly Nagy
Orientador: Valéria Forni Martins; Flavio Antonio Maës dos Santos
Resumo

Entender os processos ecológicos que promovem a coexistência de espécies arbóreas em ambientes com alta diversidade como as florestas tropicais é um tema central em ecologia de comunidades. Nesses ambientes, os principais mecanismos de coexistência são baseados em processos determinísticos como filtragem ambiental e competição intra- e interespecífica. O objetivo do presente estudo foi investigar principalmente os processos determinísticos utilizando abordagens recentes que avaliam a estrutura espacial das populações e a variação das estratégias funcionais de três espécies arbóreas congenéricas simpátricas em uma floresta tropical sujeita a alagamento periódico (Floresta de Restinga). Em uma parcela de 1 ha, todos os indivíduos pertencentes a três espécies de Myrcia (Myrtaceae) foram marcados e mapeados. Também coletamos dados de variáveis ambientais e atributos funcionais dos adultos das espécies estudadas. Encontramos que as espécies são filtradas em diferentes graus para as mesmas manchas ambientais sujeitas a alagamento dentro da parcela, evidenciando que a filtragem ambiental é um importante processo direcionando a distribuição espacial local das espécies estudadas. Não encontramos evidências que sustentassem a competição direta entre as espécies de Myrcia, a competição direta entre cada espécie de Myrcia e heteroespecíficos, a competição difusa entre as três espécies de Myrcia e a atuação da dependência negativa de densidade em cada uma das espécies de Myrcia. A tolerância às manchas sujeitas a alagamento pode ser mediada pelo coeficiente alométrico similar entre as três espécies estudadas, enquanto a ausência de competição entre as espécies de Myrcia pode ser explicada por diferentes atributos funcionais relacionados à aquisição de recursos (principalmente área foliar, área foliar específica e densidade da madeira). Assim, concluímos que a coexistência das três espécies de Myrcia é direcionada pela diferenciação de nicho como resultado de pressões seletivas de competição interespecífica passada (AU)

Processo FAPESP: 16/21307-5 - A diferenciação de nicho permite a coexistência de espécies congenéricas simpátricas em uma floresta megadiversa?
Beneficiário:Kelly Fernandes de Oliveira Ribeiro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado