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Papel de STAT6 e MEK1/2 na polarização de macrófagos para um perfil M2 e seu impacto no reparo ósseo e reabsorção óssea inflamatória em camundongos

Texto completo
Autor(es):
Angélica Cristina Fonseca
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Bauru.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/SDB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Gustavo Pompermaier Garlet; Roberta Okamoto; Camila de Oliveira Rodini Pegoraro; Elcia Maria Varize Silveira
Orientador: Gustavo Pompermaier Garlet
Resumo

Uma adequada resposta imunológica é vital para um adequado reparo. Em lesões assépticas inicialmente pró-inflamatória será progressivamente substituída por um perfil anti-inflamatório resultando no reparo, contudo, quanto o agente agressor, lesões contaminadas, é de maior virulência ou ainda o próprio hospedeiro se encontra imunodeprimido este perfil pró-inflamatório se mantém determinando a cronificação da lesão. Dentre as células e citocinas que regulam looping de eventos, temos os macrófagos, classificados em macrófagos M1 (pró-inflamatório) e M2 (anti-inflamatório). Muitos aspectos relacionados a polarização dos macrófagos ainda permanecem desconhecidas, e pensando especificamente na via de polarização M2 que é muito estudada em modelos tumorais havendo a necessidade de avaliação de novos modelos. Levando está condição para o âmbito odontológico determinamos a comparação de dois eventos que representam o que foi elucidado acima, assim sendo, comparamos a reação inflamatória, principalmente a atuação dos M2 no reparo ósseo alveolar pós-exodontia e degradação óssea por lesão periapical. O tecido ósseo sofre ação direta dos eventos inflamatórios, assim, o conhecimento integral e a modulação da resposta imune poderia permitir uma adequada conduta clinica com ganho em volume e tempo de osso em quadros fisiológicos ou ainda patológicos. O objetivo deste trabalho consiste em avaliar o efeito gerado pelo bloqueio farmacológico das vias intracelular de STAT6 e MEK1/2 e seu efeito nos diferentes tipos de macrófagos, interferindo inicialmente e diretamente no processo de polarização M2 em modelos experimentais assépticos ou contaminados. Para o modelo de lesão periapical comparamos amostras humanas e murinas C57Bl/6-WT analisadas por diferentes técnicas (histologia, ELISA, RT-PCR e citometria de fluxo) em diferentes períodos. Amostras murinas ainda receberam tratamentos com inibidor de STAT6 e inoculação de CCL2p. Para o modelo de reparo ósseo pós-exodontia utilizamos camundongos C57Bl/6-WT compondo grupo controle, grupo veículo, grupo MEK1/2i e grupo STAT6i analisados por microtomografia computadorizada (uCt), histológica (histomorfometria, birrefringência, imuno-histoquímica) e molecular. Grupos controles, tanto lesão periapical quanto reparo, no permitiram a confirmação da presença de macrófagos M2 (CD206, ARG, FIZZ, STAT6), que conduzem a uma lesão periapical inativa e uma resolução adequada do reparo ósseo pós-exodontia, contudo quando estas células são bloqueadas, inicialmente pelo uso de inibidor de STAT6, observamos que a diminuição de M2 levou a uma lesão periapical ativa e um reparo ósseo, com uma pequena desorganização em 7dias, porém que conclui de forma satisfatória em 14 dias. Na sequência seguimos caminhos distintos para os modelos. Para o reparo inibimos a via MEK1/2 que também está relacionado a polarização de M2, está inibição afetou de forma mais notória a migração de M2 e o reparo ósseo se mostrou mais imaturo e atrasado. Para o modelo de lesão periapical inoculamos CCL2p que também levou a uma lesão inativa pela atuação de M2, contudo a ação combinada de CCL2p+STAT6i gerou uma inversão dos resultados. Concluímos assim que mesmo em um ambiente favorável para macrófagos com perfil M2, as vias de polarização como a via STAT6 e MEK1/2, são determinantes e primordiais para atuação dessas células, sendo que o modelo infecioso nos permite resultados mais robustos e claros. (AU)

Processo FAPESP: 18/10177-9 - Análise do impacto da inibição de MEK1/2 e STAT6 na polarização de macrófagos para perfil M2, e sua influência no processo de reparo alveolar pós-exodontia em camundongos.
Beneficiário:Angelica Cristina Fonseca
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado