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Treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) em corrida: efeitos sobre capacidade aeróbia e anaeróbia, biomarcadores de estresse e respostas osteomusculares de camundongos ativos e sedentários

Texto completo
Autor(es):
Emanuel Elias Camolese Polisel
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Limeira, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Aplicadas
Data de defesa:
Membros da banca:
Fúlvia de Barros Manchado Gobatto; Maria Cláudia Gonçalves de Oliveira; Ana Claudia Garcia de Oliveira Duarte
Orientador: Fúlvia de Barros Manchado Gobatto; Pedro Paulo Menezes Scariot
Resumo

A intensidade do exercício tem sido considerada significante para a obtenção de sucesso físico-esportivo e o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) é uma das propostas de destaque na atualidade. Como consequência, estudos envolvendo a aplicação do HIIT visando a qualidade de vida atraíram a atenção da comunidade científica nos últimos anos, de modo que esse método de treinamento vem sendo considerado uma alternativa eficiente para indivíduos sedentários ou mesmo obesos. Entretanto, ainda pouco se conhece sobre seus efeitos a longo prazo (positivos e negativos) quando aplicado a organismos ativos ou sedentários, especialmente sobre o estresse fisiológico e às adaptações em diferentes tecidos, como muscular, hepático, cardíaco e ósseo. Nesse sentido, com base em estudos prévios observamos que o espaço habitacional onde são mantidos os roedores é capaz de gerar diferentes níveis de atividade física espontânea (AFE) nesses animais. Diante disso, o objetivo geral do estudo foi investigar os efeitos a longo prazo do HIIT sobre as adaptações aeróbias e anaeróbias, nível de AFE, biomarcadores de estresse, composição corporal e disponibilidade de estoques energéticos, bem como adaptações no tecido ósseo de camundongos ativos ou sedentários, de acordo com o espaço habitacional adotado. Para tanto, camundongos C57BL/6J foram divididos em seis grupos (n=10 animais por grupo), sendo dois considerados linha de base ((Baseline grupo padrão (BL-GP) e baseline grupo amplo espaço (BL-GA), eutanasiados antes do início do treinamento)) e outros quatro grupos discriminados por serem alojados em espaço habitacional padrão (Espaço Padrão-EP) ou ampliado (Espaço Amplo-EA), tanto controle (C), como submetidos ao HIIT (treinados-T) (GP-C; GP-T; GA-C e GA-T). Inicialmente, todos os animais foram adaptados à esteira rolante e submetidos ao protocolo de velocidade crítica (VC), que consistiu na aplicação de quatro esforços aleatórios e individualizados de corridas (intensidades 17 a 35 m/min), com registro dos tempos limites para avaliação das capacidades aeróbia e anaeróbia e individualização do treinamento. O programa de treinamento foi aplicado durante 13 semanas, com a frequência de 5 sessões semanais. Cada sessão foi composta por 4 séries de 3 repetições, com esforço de 30 segundos a 130% da VC e recuperação ativa à 50% da VC pelo mesmo tempo, ocorrendo recuperação passiva de 2 minutos entre as séries, totalizando 20 minutos cada. Além disso, houve um aquecimento de 5 minutos e volta a calma com o mesmo tempo após a parte principal da sessão. Ao longo do programa, foram analisadas as respostas fisiológicas agudas e a intensidade foi reajustada com a reaplicação dos testes de VC na sétima semana. Houve registro diário da ingestão alimentar e hídrica e a cada dois dias da massa corporal. A AFE foi monitorada diariamente, com elevada frequência de captura de sinais (200Hz). Após a conclusão do programa de treinamento, os animais foram eutanasiados e o material biológico armazenado. Com base nos resultados, não houve efeito do HIIT no aumento da capacidade aeróbia, mas esse programa foi positivo em elevar a massa magra dos camundongos, independente do espaço habitacional que viveram. Os índices de gordura da carcaça e retroperitoneal foram reduzidos pelo HIIT em ambos os grupos (EP e EA). De forma interessante, o HIIT reduziu a AFE apenas para o grupo EA-T, indicando uma preservação dos estoques energéticos em benefício do treinamento físico. Além disso, houve melhora da tenacidade óssea para o grupo EA-C em comparação ao grupo EA-T, além de um aumento na corticosterona sérica para o grupo EA-C em comparação aos grupos EP-C e EP-T. Diante disso, nossos resultados sugerem que o HIIT foi efetivo na redução de gordura corporal e manutenção do fenótipo magro. Contudo, de modo geral um ambiente favorável ao estilo de vida ativo trouxe, de forma superior, benefícios a aptidão física e saúde óssea de camundongos em comparação ao HIIT (AU)

Processo FAPESP: 18/07099-6 - Treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) em corrida: efeitos sobre capacidades aeróbia e anaeróbia, biomarcadores de estresse e respostas osteomusculares de camundongos ativos e sedentários
Beneficiário:Emanuel Elias Camolese Polisel
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado