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Tolerância de adubos verdes associados a inoculantes microbianos em solo com tebuthiuron

Texto completo
Autor(es):
Victor Hugo Cruz
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ilha Solteira. 2023-03-20.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Engenharia. Ilha Solteira
Data de defesa:
Orientador: Paulo Renato Matos Lopes
Resumo

O intuito dessa pesquisa foi avaliar a tolerância e a capacidade de fitorremediação da mucuna-cinza (Mucuna pruriens L. var. Pruriens) e feijão-de-porco (Canavalia ensiformis L.) associado a inoculantes microbianos em solo com o herbicida tebuthiuron. A pesquisa foi executada entre setembro/2021 e março/2022, sob delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial triplo, com sete replicatas, resultando no total 126 unidades experimentais. Foram considerados os seguintes fatores: (1º) Tebuthiuron: ausência ou dose recomendada (TBT); (2º) Inoculante microbiano: ausência, líquido (Liq) ou sólido (Sol); 3º (Plantas): ausência, mucuna-cinza (MP) ou feijão-de-porco (CE). Como espécie sentinela foi utilizada a crotalária (Crotalaria juncea). Ao longo do período experimental foram avaliados a altura e a biomassa seca da planta. O potencial ecotoxicológico das amostras de solo também foi avaliado temporalmente por meio do índice de germinação de sementes de alface. Os dados de biomassa seca foram avaliados por meio da análise de variância (ANOVA a 5% de probabilidade) e teste de comparação de médias (Tukey a 5% de probabilidade). Para a elaboração do modelo não-linear de Gompertz utilizou-se os dados de altura (MP, CE e crotalária) e o índice de germinação da alface. As análises estatísticas foram realizadas através dos softwares R, GraphPad Prism e Microsoft Excel® 2019. A longo prazo, a atenuação natural pode dissipar paulatinamente o herbicida tebuthiuron do solo, e isso é perceptível nos bioensaios ecotoxicológicos, pois foram obtidos resultados satisfatórios no índice de germinação final (0,96) e e na velocidade de crescimento (k=0,0314). A M. pruriens foi tolerante ao herbicida tebuthiuron, em virtude do seu rápido estabelecimento (k = 0,109) quando comparado a C. enformis (k = 0,069). Além disso, essa espécie pode ser considerada uma fitorremediadora do herbicida tebuthiuron, em virtude dos resultados obtidos no cultivo de C. juncea (taxa específica de crescimento = 0,0330; biomassa seca: 3,52 g) e bioensaios ecotoxicológicos (velocidade de crescimento =0,0632), quando comparado aos tratamentos com C. ensiformis. Consequentemente, os resultados mostraram que C. ensiformis tem maior dependência da bioaumentação do que M. pruriens. Assim, notou-se que o efeito fitotóxico em C. juncea foi reduzido em CE + Liq/Sol + TBT (CE + Liq + TBT = 6,27 g > CE + Sol + TBT = 6,21 g), além de ser observado melhor desempenho vegetal de L. sativa em CE + Sol + TBT (k = 0,0480) e CE +Liq + TBT (k = 0,0422). Portanto, os achados dessa pesquisa evidenciam que o cultivo de potenciais fitorremediadores associado a bioaumentação podem reduzir os efeitos antagônicos do herbicida tebuthiuron no ecossistema, seja ele edáfico ou aquático. (AU)

Processo FAPESP: 21/01884-6 - Fitorremediação de solo com tebuthiuron associado a inoculuntes microbianos
Beneficiário:Victor Hugo Cruz
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado