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Análise fenotípica de macrófagos e histopatologia em camundongos infectados com Leishmania braziliensis

Texto completo
Autor(es):
Marina Flóro e Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Selma Giorgio; Adriana Degrossoli; Liana Maria Cardoso Verinaud
Orientador: Selma Giorgio
Resumo

A leishmaniose é uma doença causada pelo protozoário Leishmania; sua transmissão para o hospedeiro vertebrado ocorre durante o repasto sanguíneo do vetor flebotomíneo. Diferentes espécies de Leishmania podem causar as três principais manifestações clínicas da doença sendo estas a forma cutânea, mucocutânea e visceral. No Brasil, temos a L. braziliensis como a principal espécie envolvida na forma tegumentar (cutânea e mucosa) da doença. As lesões cutâneas nos modelos experimentais murinos (BALB/c, C57Bl/6, etc) induzidas por L. braziliensis são auto curáveis, mas é reportada a presença de parasita em órgãos e a expressão aumentada de citocinas pró-inflamatória (IL-12 e IFN-?) e reduzida de citocinas regulatórias (IL-4 e IL-13), sugerindo assim a polarização dos macrófagos para os fenótipos M1/M2. Neste trabalho avaliamos a polarização de macrófagos em diferentes tecidos, os aspectos histopatológicos das lesões e carga parasitária de camundongos infectados com cepas (BA e CE) e isolado clínico (ER114) de L. braziliensis. Observamos que as cepas BA, CE e ER114 causaram lesões na 6ª semana p.i. e que continuaram a ser detectadas nas 12ª, 23ª e 25ª semanas p.i. As cargas parasitárias foram detectadas nas lesões, linfonodos, medula óssea e baço e diminuem com tempo em todos os grupos (BA, CE e ER114). As análises histopatológicas demonstraram alterações nos tecidos, presença dos parasitas, infiltrado inflamatório e megacariócitos nos baços e linfonodos dos grupos BA, CE e ER114. Na análise fenotípica de macrófagos (M1/M2), na 6ª semana p.i. o fenótipo predominante foi M1, em tempos mais longos nas 12ª e 25ª semanas p.i. o fenótipo predominante foi M2 nas lesões, linfonodo, medula óssea, baço e peritônio dos grupos BA, CE e ER114. Demonstramos que no início da infecção com L. braziliensis há uma resposta pró-inflamatória na tentativa de controlar o parasita e em períodos mais longos, 12ª e 25ª semanas predomina o fenótipo anti-inflamatório de macrófagos provavelmente responsável pela infecção crônica nos animais (AU)

Processo FAPESP: 19/17091-5 - Análise fenotípica de macrófagos e histopatologia em camundongos infectados com Leishmania braziliensis
Beneficiário:Marina Flóro e Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado