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Atividade antiviral de inibidores de AAK1 e GAK na infecção pelo vírus Oropouche

Texto completo
Autor(es):
Karina Bispo dos Santos
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
José Luiz Proença Módena; Clarice Weis Arns; Danielle Bruna Leal de Oliveira
Orientador: José Luiz Proença Módena
Resumo

As doenças infecciosas ocupam a quarta principal causa de morte e de incapacitância no mundo, caracterizando-se como uma séria ameaça à saúde pública e à economia global. No Brasil, apesar das várias epidemias arbovirais que emergiram nos últimos anos, casos de doença febril associados ao arbovírus Oropouche Orthobunyavirus (OROV) continuam a acontecer, principalmente na região Amazônica. A entrada de OROV em células hospedeiras é dependente da endocitose mediada por clatrina (EMC), um processo altamente orquestrado e que envolve a atividade da quinase 1 associada à proteína adaptadora 2 (AAK1) e da quinase associada à ciclina G (GAK). Até o momento, não há tratamento aprovado para o combate da febre do Oropouche e, uma das dificuldades encontradas trata-se da alta diversidade genética entre ortobunyavírus, o que torna desafiador o desenvolvimento de compostos com atividade antiviral direta. Dado esse contexto, o foco desse trabalho foi avaliar o efeito antiviral contra OROV de compostos com atuação direcionada às estruturas do hospedeiro, principalmente inibidores de AAK1 e GAK em células Vero infectadas. Dos sete compostos analisados, seis apresentaram atividade antiviral. Os melhores resultados foram obtidos com o inibidor de ambas as quinases, AAK1 e GAK, nas condições de pré-tratamento e nos períodos de 0h e 2h após o tempo de adsorção. O LP935509, composto comercial com atividade inibitória de AAK1 e GAK apresentou IC50= 13,20 µM, enquanto os compostos SGC-GAK-N, SGC-AAK1-1 e SGC-AAK1-N apresentaram IC50 de 90,58, 104,60 e 403 µM respectivamente. A cloroquina inibiu OROV somente em altas concentrações, com um IC50 de 4.611 µM, SGC-GAK-1 inibiu 1log10 de OROV a 2,5 µM e a ribavirina não apresentou atividade antiviral nas concentrações testadas. Desse modo, acreditamos que nossos resultados ilustram o papel de AAK1 e GAK, da endocitose mediada por clatrina e da acidificação endossomal para a internalização de OROV (AU)

Processo FAPESP: 20/02159-0 - Atividade antiviral de inibidores de AAK1 na infecção por vírus Oropouche
Beneficiário:Karina Bispo dos Santos
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado