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Luz, câmera, inclusão: design de serviço como abordagem para a inclusão de pessoas com deficiência no serviço de cinema

Texto completo
Autor(es):
Diego Normandi Maciel Dutra
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/SBI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Cibele Haddad Taralli; Fabio Evangelista Santana; Paulo Jorge Alcobia Simões; Leandro Manuel Reis Velloso
Orientador: Cibele Haddad Taralli
Resumo

Considera-se o cinema um importante instrumento de aprendizado, enriquecimento cultural, entretenimento e lazer. No Brasil, existem, segundo dados de 2019 da Agência Nacional de Cinema Ancine, cerca de 3.507 salas de exibição. No entanto, boa parte da população brasileira pessoas com deficiência sensorial ainda se encontra excluída dos benefícios que a experiência do cinema e do audiovisual podem oferecer. O que os exclui é tanto a pouca oferta de serviços de entretenimento com acessibilidade adequada quanto de filmes com recursos acessíveis. Nos últimos anos, entretanto, a Agência tem mobilizado esforços visando promover o acesso daquele grupo às salas de exibição no Brasil, e consequentemente às outras formas de fruição audiovisual que preenchem o cotidiano, seja por meio de transmissões televisivas, conteúdos hospedados na internet, entre outros. Contudo, se percebe que as ações realizadas no que diz respeito aos espaços de projeção de cinemas têm se concentrado apenas no provimento de tecnologias acessíveis capazes de permitir acesso informacional aos conteúdos fílmicos, bem como os necessários esforços de Tradução Audiovisual Acessível dos filmes em exibição (seja Audiodescrição para pessoas cegas, e LIBRAS e legendagem para pessoas surdas e ensurdecidas), sem preocupar-se com as etapas que compõem o serviço como um todo. Dessa forma, se propõe explorar desafios e oportunidades que a perspectiva do Design Inclusivo ou Desenho Universal podem oferecer no intuito de promover o acesso de pessoas com deficiência sensorial ou motora em salas de cinema entendido nos três ciclos que se sugere compreender o serviço: realização, distribuição e exibição. Também se traz à tona uma forma de tratar questões que envolvem acessibilidade e inclusão, apontando a primeira como uma perspectiva ferramental, e a outra como um resultado que se dá em consequência de um emaranhado sistêmico. Metodologicamente, se apoia na abordagem do Design de Serviço ao qual também se trata como Design para Serviço no sentido de investigar o papel dos métodos consolidados pelo Design na identificação e transposição de barreiras e restrições de acesso que o atual modelo de serviço de cinema brasileiro oferece ao público com deficiência. Por meio da participação cocriativa de pessoas com deficiência, e da utilização de método desenvolvido nesta Tese nomeado Design para Equiparação Inclusiva em Serviços, se expõe conjunto de parâmetros, procedimentos, ferramentas e práticas de acessibilidade orientados a contemplar as necessidades de atuais e novos usuários em cinemas (pessoas com deficiência sobretudo sensoriais), buscando transpor barreiras e restrições existentes. Como consequência, se acredita que tanto os parâmetros e as ferramentas apontadas como o método desenvolvido possam inspirar soluções acessíveis em modelos análogos de entretenimento, tais como: teatro, espetáculos musicais, esportivos e expositivos, bem como em outros contextos de serviço, como restaurantes, escolas, shoppings etc. (AU)

Processo FAPESP: 17/13180-8 - Luz, câmera, inclusão: design de serviços para certificação e inclusão de cegos em cinemas
Beneficiário:Diego Normandi Maciel Dutra
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado