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Por uma enunciação musical: a profundidade tensiva e as espessuras da presença

Texto completo
Autor(es):
Gustavo Cardoso Bonin
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola de Comunicações e Artes (ECA/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Silvio Ferraz Mello Filho; Rogério Luiz Moraes Costa; Ivã Carlos Lopes; Veronica Liliana Estay Stange; José Henrique Padovani Velloso
Orientador: Silvio Ferraz Mello Filho
Resumo

Esta pesquisa se situa na intercambialidade que há entre invenção e interpretação, apontando um modo de enfrentar as questões da enunciação musical. Para compreender como a percepção musical está sujeita às cristalizações e metamorfoses das identidades musicais, nos valemos do contato interdisciplinar das ideias da musicóloga e esteticista Gisèle Brelet, assim como de outros autores de música, com as propostas da abordagem tensiva da semiótica discursiva. Propomos que a análise do ato e da subjetividade que caracterizam a identidade dos sujeitos musicais passa por compreender como a profundidade e a precedência sensível dos sujeitos marcam ou acentuam os diferentes níveis do que chamamos de espessuras da enunciação musical. Sugerimos três espessuras: a da existência, a da pertinência e a das figuras musicais, que procuram dar conta das grandes questões que caracterizam as especificidades da enunciação musical. Para exemplificar a operacionalidade da proposta, procuramos oferecer uma diversidade de exemplos que pertencem tanto às práticas musicais artísticas quanto às práticas de pesquisa em música. Escolhemos as obras Choros nº 6, de Heitor Villa-Lobos, Prélude nº 6 (... Des pas sur la niege), de Claude Debussy, Pas de Cinq, de Mauricio Kagel e Mycenae-Alpha, de Iannis Xenakis, e as quase-teses ou quase-livros de Silvio Ferraz (2007), Valéria Bonafé (2016) e Francisco Lauridsen Ribeiro (2019). Por fim, apresentamos o modo como as questões da enunciação musical influenciam meu modo de compor música. A partir de uma escrita leve, íntima e mais próxima da oralidade, escrevi um livro de artista que trabalha com a ideia de transdução criativa que é transversal aos processos inventivos das peças que compus no período do doutorado. (AU)

Processo FAPESP: 20/02326-4 - Música e outras linguagens: por uma enunciação musical tensiva e seus modos de contato
Beneficiário:Gustavo Cardoso Bonin
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado