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Avaliação dos efeitos agudos e crônicos do exercício físico no músculo esquelético e fígado em camundongos submetidos à dieta padrão e hiperlipídica: participação da AMPK.

Texto completo
Autor(es):
Tiego Aparecido Diniz
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/SDI)
Data de defesa:
Membros da banca:
José Cesar Rosa Neto; Érico Chagas Caperuto; Daniela Caetano Gonçalves; Lila Missae Oyama
Orientador: José Cesar Rosa Neto
Resumo

A proteína quinase ativada por AMP (AMPK) tem sido apontada como um dos principais elos entre o exercício físico e a saúde metabólica, entretanto, seu papel durante o exercício físico agudo e crônico ainda não está totalmente elucidado. Dessa forma, os objetivos do presente estudo foram: i) avaliar a participação da AMPK na ausência e presença de adiponectina após uma sessão de exercício agudo e; ii) avaliar o papel da AMPK na melhora de parâmetros do fígado gorduroso após 8 semanas de treinamento aeróbio. Para isso, foram utilizados camundongos C57BL/6 (WT) e adiponectina knockout (AdKO) em dois desenhos experimentais distintos. No primeiro, animais WT e AdKO foram divididos em grupo exercício e sedentário. Posteriormente, os grupos foram subdivididos em 2 e 24 horas após o exercício físico, juntamente com seu controle sedentário. Para o segundo desenho experimental, animais WT foram divididos em três grupos, dieta padrão (SD), dieta hiperlipídica (HFD) e dieta hiperlipídica associada à 8 semanas de treinamento de aeróbio (HFD+T). Para o primeiro desenho experimental, o conteúdo de glicogênio estava aumentado em animais AdKO (valor p = 0,005). No grupo WT, foi encontrado um aumento na fosforilação de AMPK 2 horas após o exercício, retornando ao nível basal 24 horas após. Confirmando a ativação de AMPK, a fosforilação de acetil-CoA carboxilase (Ser79) estava aumentada 2 horas após o exercício e voltou ao basal 24 horas após, desfechos que não foram observados em camundongos AdKO. No grupo WT, as concentrações de IL-10 e 1L-6 estavam aumentadas 2 horas (p-valor <0,01) e 24 horas (p-valor <0,001) após o exercício quando comparadas com ao grupo AdKO. Para o segundo desenho experimental, o grupo HFD+T apresentou melhora nos níveis plasmáticos de lipídios e na resistência à insulina. Em relação aos marcadores da doença hepática gordurosa não-alcoólica, foi encontrado que a progressão da esteatose macrovesicular e inflamação estava diminuída no grupo HFD+T, concomitantemente ao aumento da fosforilação de AMPK (Thr172) e expressão proteica de PPAR-, assim como seus genes alvos Acox e Cpt1a. Além disso, foi encontrado um aumento da expressão gênica de genes alvo do PPAR-, como o Cd36 e Scd1. No grupo HFD+T foi encontrado reduzida as concentração de citocinas hepáticas, como TNF-, IL-10, MCP-1 e IL-6, independentemente do aumento da fosforilação de NF-B (Ser536). De fato, nenhuma das intervenções regulou os genes alvo de NF-B Il1b e Cccl2, demonstrando baixa atividade transcricional. Tomados em conjunto, pode-se concluir que: i) a adiponectina influencia o metabolismo muscular, principalmente pela diminuição da fosforilação da AMPK induzida pelo exercício, do perfil inflamatório e da IL-6 no músculo e, ii) o treinamento aeróbio atenua a progressão da esteatose macrovesicular e inflamação hepática por meio da sinalização AMPK-PPAR- e ativação do PPAR-, respectivamente, melhorando a resistência à insulina em camundongos obesos. (AU)

Processo FAPESP: 16/02696-0 - Avaliação do efeito anti-inflamatório do treinamento aeróbio no tecido adiposo: o papel mediador da adiponectina
Beneficiário:Tiego Aparecido Diniz
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado