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Direito de aprender: a educação nas lutas negras por emancipação (Paraná, 1853-1910)

Texto completo
Autor(es):
Noemi Santos da Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Aldair Carlos Rodrigues; Flávio dos Santos Gomes; Ana Flávia Magalhães Pinto; Maria Cristina Cortez Wissenbach; Lucilene Reginaldo
Orientador: Aldair Carlos Rodrigues
Resumo

O presente trabalho discute o processo de construção do direito à educação através de experiências escolares envolvendo a população negra, da escravidão ao pós-abolição. Desde a implantação do sistema público de ensino no país, estes sujeitos se empenharam para o acesso às escolas, contornando as restrições impostas pelas legislações, contextos de racialização e projetos de governo excludentes voltados à preservação das hierarquias características do escravismo. Por meio do envio de seus filhos, através da frequência em escolas noturnas, libertos, escravizados e ingênuos participaram da escolarização em meio a outros grupos populares carregando diversos sentidos nessa ação e ajudando a construir a educação enquanto importante pilar das lutas negras travadas durante a emancipação. O interesse pela instrução também foi expresso pela participação desses sujeitos em reivindicações formais ao poder público, solicitando a abertura de escolas ou contestando a supressão das mesmas e, além disso, pela formação de agremiações mutualistas nas quais a oferta de escolarização se fazia presente. Essas questões são tratadas pela lente de experiências passadas no Paraná, desde a emancipação administrativa da província, até as primeiras décadas após o fim da escravidão. Acompanhamos os bastidores do processo de implantação da instrução pública, mostrando as disparidades entre os ideais que moveram autoridades e elites à defesa da educação enquanto política pública, e plano prático repleto de limitações para efetivação dessas políticas. Procuramos demonstrar que o mesmo cenário que produziu adversidades para o acesso ao ensino coexistiu com lutas protagonizadas pelos setores populares, envolvendo escravizados, libertos e negros livres, as quais foram reformuladas conforme os contextos que se seguiram entre a escravidão e o pós-abolição (AU)

Processo FAPESP: 17/11628-1 - Escolarização e Associativismo: percursos de lutas por liberdade e cidadania no Paraná (1879-1917).
Beneficiário:Noemi Santos da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado