Diversidade e evolução dos Titanossauros do Cretáceo Superior da Bacia Bauru

Autor(es)

Julian Cristian Gonçalves da Silva Junior

• Tipo de documento: Tese de Doutorado
• Imprenta: Ribeirão Preto.
• Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
• Data de defesa: 2023-03-01

Membros da banca

Max Cardoso Langer; Luiz Eduardo Anelli; Rafael Delcourt de Seixas Ferreira; Wilfried Klein; Fabiana Rodrigues Costa Nunes; Jonathas de Souza Bittencourt Rodrigues

• Orientador: Max Cardoso Langer

Resumo

Os titanossauros formam o clado mais abundante dentro de Sauropoda, representando também o grupo de dinossauros mais rico do Cretáceo do Brasil. Apesar do grande número de registros, as afinidades das espécies brasileiras ainda se encontram pouco resolvidas. Desta forma, os estudos conduzidos durante esta tese buscaram uma maior compreensão sobre os aspectos taxonômicos e sistemáticos destes animais. As contribuições foram divididas em quatro apêndices: o primeiro trata sobre a reavaliação de uma espécie de titanossauro do interior de São Paulo, antes inclusa no gênero tipicamente argentino Aeolosaurus. Após uma revisão das sinapomorfias do mesmo, um novo gênero - Arrudatitan - foi cunhado para receber esta espécie. A hipótese filogenética resultante deste estudo também foi usada para definir novos clados no phylocode. O apêndice 2 inclui a descrição de novos restos fósseis encontrados em Uberaba-MG, que levaram a reavaliação de duas outras espécies conhecidas na região: Baurutitan britoi e Trigonosaurus pricei. A informação resultante mostrou que o indivíduo atribuído como holótipo de T. pricei na verdade representava um espécime de B. britoi. Já o material atribuído como parátipo de T. pricei representa uma nova espécie, denominada neste artigo como Caieiria allocaudata. No apêndice 3, são descritos novos espécimes de dentes de titanossauro também da região de Uberaba, inclusive com a descrição do maior dente de titanossauro já encontrado no mundo. As informações deste manuscrito mostram que a região de Uberaba era capaz de suportar uma ampla fauna de titanossauros, desde animais juvenis até espécimes adultos gigantes. Por fim, o apêndice 4 apresenta alguns materiais que estão tombados no Museu dos Dinossauros em Uberaba, mas que ainda não foram formalmente descritos, seja pela a impossibilidade de atribuí-los a táxons já conhecidos ou pela ausência de características únicas que permitam a criação de novas espécies, mas que se mostram materiais com um importante valor comparativo e que também podem auxiliar pesquisas sobre titanossauros de outras regiões. (AU)

• Processo FAPESP: 18/21094-7 - Revisão filogenética meta-analítica e biogeografia dos Titanosauriformes (Sauropoda, Dinosauria)
• Beneficiário: Julian Cristian Gonçalves da Silva Junior
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado