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Expressão de biomarcadores de lesão epitelial em tecido pulmonar proveniente de necrópsia de pacientes diagnosticados com sepse e síndrome do desconforto respiratório agudo

Texto completo
Autor(es):
Natalia de Souza Xavier Costa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Luiz Fernando Ferraz da Silva; Marisa Dolhnikoff; Elnara Márcia Negri; Heraldo Possolo de Souza
Orientador: Luiz Fernando Ferraz da Silva
Resumo

A síndrome do desconforto respiratório aguda (SDRA) é caracterizada por edema, hipoxemia grave, e diminuição da complacência pulmonar. Histologicamente, o dano alveolar difuso é considerado a principal marca da fase exsudativa da SDRA. A SDRA representa 10,4% das admissões da unidade de terapia intensiva. A taxa de mortalidade pode variar de 34,9% a 46,1% dependendo da sua gravidade e estima-se que cerca de 40% dos casos não são diagnosticados. Como continua sendo um desafio identificar pacientes com SDRA e diferenciá-la de outras causas de insuficiência respiratória aguda, muitos estudos têm-se centrado na identificação de biomarcadores. Apesar dos avanços nessa área, não existe um único e confiável biomarcador sendo utilizado na prática clínica atualmente. O objetivo deste estudo é avaliar e comparar a expressão tecidual dos biomarcadores RAGE, elafina e SP-D no epitélio pulmonar de pacientes com SDRA, pacientes sépticos e indivíduos controle. Para tanto, selecionamos pacientes com diagnóstico de SDRA (n=47), posteriormente subclassificados em quadros leves, moderados e severos; pacientes com diagnóstico de sepse e sem critérios para SDRA (n=30); e pacientes controles que faleceram de causas não pulmonares (n=27) que tiveram suas autopsias realizadas no Serviço de Verificação de Óbitos da Capital (SVOC). Informações dos laudos necroscópicos e exames laboratoriais foram coletados. Observamos um aumento da expressão proteica da elafina nos grupos sepse e SDRA. O grupo SDRA severa apresentou maior expressão proteica de elafina no tecido pulmonar em comparação aos grupos SDRA leve e sepse. Além disso, observamos um aumento da expressão proteica de RAGE na SDRA grave em comparação com a SDRA leve e uma diminuição da expressão proteica de SP-D nos pacientes com sepse e com SDRA em comparação com os controles. Nos pacientes com SDRA, as expressões de elafina e RAGE no tecido pulmonar estão correlacionadas com vários parâmetros gasométricos arteriais, indicando uma correlação entre a gravidade da hipoxemia e a expressão destes marcadores. Além disso, correlacionam-se com a percentagem de broncopneumonia e o score de membrana hialina. A expressão de SP-D não teve qualquer correlação com os parâmetros gasométricos ou com as variáveis histológicas. A expressão de RAGE foi negativamente correlacionada com a duração da Ventilação Mecânica (VM) tanto em pacientes com SDRA quanto em pacientes com sepse. Nos pacientes com sepse, os marcadores não se correlacionaram com os parâmetros gasométricos, exceto o RAGE que se correlaciona com a saturação de O2. Além disso, no grupo sepse, a elafina foi positivamente correlacionada com o tempo de permanência na UTI, a SP-D foi positivamente correlacionada com o lactato sérico e o RAGE foi positivamente correlacionado com PCR. A análise da expressão tecidual de elafina, RAGE e SP-D não discrimina pacientes com sepse de pacientes com SDRA, porém a expressão de elafina e RAGE, mas não de SP-D, está correlacionada com a gravidade da SDRA (AU)

Processo FAPESP: 17/22903-3 - Expressão de biomarcadores de lesão epitelial em tecido pulmonar proveniente de necrópsia de pacientes diagnosticados com sepse e síndrome do desconforto respiratório agudo.
Beneficiário:Natália de Souza Xavier Costa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado