Contaminantes emergentes, incluindo microplásticos, em águas superficiais: usos das bacias hidrográficas e os impactos ao ambiente

Autor(es)

Vinicius Sarracini Santos

• Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
• Imprenta: Campinas, SP.
• Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Química
• Data de defesa: 2023-11-23

Membros da banca

Cassiana Carolina Montagner; William Reis de Araujo; Andreia Neves Fernandes

• Orientador: Altair Benedito Moreira; Cassiana Carolina Montagner

Resumo

Ao longo dos séculos XX e XXI, o crescimento populacional e industrial fez com que diversos compostos fossem produzidos em larga escala, sendo utilizados por milhões de pessoas e tendo em muitas das vezes como destino os compartimentos ambientais. Neste contexto tem-se os contaminantes emergentes, que são substâncias de origem antropogênica ou natural que não são comumente monitorados, mesmo possuindo efeitos a biota e para a saúde humana. Ainda neste contexto, tem-se os microplásticos, que são definidas como partículas poliméricas micrométricas na faixa de 5 mm a 1 ????m. Estes contaminantes estão associados ao uso e ocupação de solos, sendo importante o entendimento da ocorrência relacionado as atividades humanas no entorno dos corpos aquáticos. Neste estudo avaliamos a presença de pesticidas, produtos de degradação, medicamentos, hormônios, substâncias de higiene pessoais, substância de origem industrial e microplásticos em duas bacias hidrográficas, uma predominantemente urbana e industrial (bacia do rio Atibaia) e outra predominantemente agrícola (bacia dos rios Preto/Turvo). A bacia do rio Atibaia apresentou concentrações mais altas de cafeína, enquanto a bacia do rio Preto/Turvo apresentou altas concentrações de pesticidas, no qual por análise estatística (SIMPER e ANOSIM) de 25 contaminantes analisados neste estudo, apenas 5 contribuíram para 81,73% da diferença entre as bacias hidrográficas. Em todos os pontos, obteve-se um risco cumulativo>1, indicando um nível de impacto ambiental nestes locais. Microplásticos também foram analisados nas bacias, sendo os fragmentos brancos/transparentes com tamanho entre 100 e 250 µm os mais detectados neste estudo. A abundância na bacia do rio Atibaia variou de 349 a 2898 itens por m3 enquanto na bacia dos rios Preto/Turvo variou de 169 a 6370 itens por m3 . Na caracterização de polímeros, o polietileno (PE) e o polipropileno (PP) foram os mais detectados em ambas as bacias, possivelmente associados a plásticos de uso único (AU)

• Processo FAPESP: 20/14988-1 - Microplásticos e contaminantes emergentes em águas superficiais: usos das bacias hidrográficas e os impactos ao ambiente
• Beneficiário: Vinicius Sarracini Santos
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado