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Micropoluentes no mar profundo: influência do modo alimentar na ingestão de microplásticos em organismos bentônicos e detecção de poluentes orgânicos persistentes em amostras biológicas e de sedimento

Texto completo
Autor(es):
Gabriel Stefanelli Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto Oceanográfico (IO/DIDC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Paulo Yukio Gomes Sumida; Michela Borges; Anne Karen da Silva Justino; Rosalinda Carmela Montone
Orientador: Paulo Yukio Gomes Sumida
Resumo

O mar profundo já foi considerado a última fronteira para a chegada dos impactos antrópicos no oceano. Estudos recentes, realizados sobretudo no hemisfério norte, já constatam lixo marinho e poluentes químicos em organismos, no sedimento e na coluna dágua desse que é o maior ecossistema do planeta. Considerando os esforços recentes para documentar a poluição oceânica de profundidade no hemisfério sul, o primeiro capítulo deste trabalho mostra que plásticos já estavam presentes na comunidade bentônica do continente Antártico ainda na década de 1980, sendo apresentado aqui o registro mais antigo de microplásticos no continente, proveniente de invertebrados depositados em coleções biológicas. Os níveis de contaminação são similares aos obtidos em estudos que analisaram amostras mais recentes e em profundidades mais rasas, possivelmente indicando uma entrada consistente de microplásticos há pelo menos quatro décadas na região. Já no segundo capítulo, este trabalho relata o primeiro registro de microplásticos e poluentes orgânicos persistentes em uma comunidade bentônica de invertebrados de profundidade e no sedimento associado no Atlântico Sudoeste, especificamente na Bacia de Santos. Em ambos os capítulos, organismos que se alimentam da matéria orgânica depositada sobre o sedimento foram os que mais ingeriram microplásticos tanto em quantidade de partículas quanto em termos de frequência de ingestão, indicando o papel dessa guilda como concentradora de poluentes ambientais. (AU)

Processo FAPESP: 18/19278-2 - Os microplásticos e os poluentes orgânicos persistentes bioacumulam ao longo da teia trófica de profundidade?
Beneficiário:Gabriel Stefanelli Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado