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Entre vida, morte, silenciamentos e sonoridades no quilombo urbano Liberdade (MA): estratégias do Boi da Floresta durante a pandemia do COVID-19

Texto completo
Autor(es):
Luiza Fernandes Coelho
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Artes
Data de defesa:
Membros da banca:
Suzel Ana Reily; Eurides de Sousa dos Santos
Orientador: Suzel Ana Reily
Resumo

Esta investigação tem o objetivo de entender quais as estratégias encontradas pelo Boi da Floresta de Mestre Apolônio, grupo de bumba meu boi tradicional com mais de cinquenta anos de existência localizado em São Luís (MA), para continuar musicando durante a pandemia do COVID-19, entre os anos de 2020 e 2022. A pandemia foi um momento nunca antes vivido, onde não era possível dar continuidade a forma tradicional de fazer a brincadeira: se reunir para ensaiar, tocar, cantar, dançar, rezar no calor humano, junto a um batalhão de pessoas. Através dessas ações, desses musicares, se desenvolviam relações com os santos juninos, antepassados, entre brincantes, com a comunidade quilombo urbano liberdade, bem como com o restante da cidade de São Luís. Na pandemia, as vozes, tambores, matracas e passos silenciaram. Mas apesar do cenário de restrição, o Boi da Floresta encontrou formas de dar continuidade a seus musicares, atualizando a sua tradição e mostrando-se uma sentinela (Shelemay, 2011) de seu território. Além de acompanhar a continuidade de seus rituais espirituais, vamos entender como o grupo atuou para garantir a sobrevivência de seus brincantes durante a maior crise sanitária recente, bem como dos moradores Quilombo Urbano Liberdade, território onde se localiza o grupo, em São Luís, Maranhão. Procuro entender quais foram os musicares, sonoridades e localidades possíveis de existir para os brincantes do Boi da Floresta de Mestre Apolônio e para o Quilombo Urbano Liberdade durante a pandemia. A pesquisa contribui com etnografia no entendimento sobre como musicares constroem localidades; busca contribuir em discussões sobre a virtualização de saberes tradicionais e populares, no caso o Bumba Meu Boi, bem como em discussões sobre o enfrentamento a processos de silenciamento e crises na periferia, no caso, o Quilombo urbano da Liberdade (MA). As discussões estruturam-se principalmente através de um acompanhamento etnográfico de perto e de dentro (Magnani, 2002), realização de entrevistas (Reily e Patsiaoura, 2019, p. 22), análise de dados etnográficos (Kozinets, 2014, p. 60), bem como pesquisa documental sobre o grupo e o território em que ele se localiza (AU)

Processo FAPESP: 19/22648-9 - Para onde vão e como performam os grupos de "boi da baixada" de São Luís (MA)
Beneficiário:Luiza Fernandes Coelho
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado