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Os intelectuais comunistas e as questões raciais no Brasil

Texto completo
Autor(es):
Geferson Santana de Jesus
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Marisa Midore Deaecto; Petrônio José Domingues; Carlos Zacarias Figueirôa de Sena Júnior; Hugo de Carvalho Quinta
Orientador: Marisa Midore Deaecto; Daiana Nascimento dos Santos
Resumo

A presente proposta de investigação analisou a atuação dos intelectuais Jorge Amado (1912-2001) e Edison Carneiro (1912-1972), e, de maneira secundária, a de Aydano do Couto Ferraz (1914-1985) pela parceria que estabeleceu com os dois primeiros, em torno dos debates sobre raça, em especial a questão negra e indígena, e classe promovidos pelo Partido Comunista do Brasil (PCB) em diálogo com o movimento internacional comunista, representado pela Comintern, entre as décadas de 1920 e 1930. Escolhemos Salvador, capital do estado da Bahia, como recorte espacial por ser o locus de investigação das produções científicas e literárias dos sujeitos da pesquisa. A importância do estado fica evidente pelo destaque nas reflexões de pesquisadores estrangeiros e brasileiros, notadamente aqueles envolvidos com a renovação das ciências sociais desta década. Para entender a circulação das ideias sobre estes debates, mapeamos as redes de sociabilidade que eles criaram e das quais participaram, como congressos, associações religiosas e culturais, redação dos periódicos e agremiações literárias. As cooperações estabelecidas entre os intelectuais do período, em especial nos I e II Congresso Afro- Brasileiro, ajudaram a ampliar e a fortalecer a agenda de luta do PC brasileiro frente aos interesses do proletariado brasileiro. As reflexões iniciais levaram-nos ao entendimento de que os comunistas baianos foram os responsáveis pela alimentação da pauta racial no partido na primeira metade do século XX, no intuito de combater o racismo e a intolerância religiosa e ampliar a representação dos comunistas frente aos trabalhadores negros. Para reforçar nossas reflexões iniciais, usamos várias fontes, como impressos, cartas trocadas entre os sujeitos da pesquisa e intelectuais importantes do período como Arthur Ramos (1903-1949), assim como fizemos uma seleção criteriosa de biografias e autobiografias sobre a atuação político-intelectual dos militantes baianos (AU)

Processo FAPESP: 19/09513-7 - Os debates sobre raça e classe pelos intelectuais comunistas: impressos e redes de sociabilidade no Brasil (1937-1957)
Beneficiário:Geferson Santana de Jesus
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado