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Frouxidão vaginal: da invisibilidade ao diagnóstico e tratamento

Texto completo
Autor(es):
Gláucia Miranda Varella Pereira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Luiz Gustavo Oliveira Brito; Zilma Silveira Nogueira Reis; Elizabeth Alves Gonçalves Ferreira; Maria Laura Costa do Nascimento; Rodolfo de Carvalho Pacagnella
Orientador: Cássia Raquel Teatin Juliato; Luiz Gustavo Oliveira Brito
Resumo

Introdução: A frouxidão vaginal (FV) é definida como queixa de excesso de flacidez vaginal. Objetivo: Identificar os fatores clínicos, diagnósticos e terapêuticos para a FV. Métodos: Uma revisão sistemática sobre o tratamento para a FV; uma adaptação transcultural e validação para a língua portuguesa do questionário Female Sexual Distress Scale – Revised (FSDS-R); um estudo transversal avaliando as medidas da espessura vaginal por ultrassom transvaginal (USTV) e transabdominal (USTA); um estudo qualitativo sobre a compreensão dos significados que as mulheres atribuem à sensação de FV e o seu impacto na percepção de si mesmas, no relacionamento afetivo íntimo e na sexualidade; um estudo transversal realizado no Reino Unido avaliando os preditores da FV e da disfunção sexual em uma população multiétnica; um ECR e o seu protocolo sobre o efeito da RF e do TMAP no tratamento de mulheres com FV; e a partir do ECR, uma análise secundária dos achados ultrassonográficos das mulheres com FV submetidas à RF e ao TMAP. Resultados: Na revisão sistemática com 38 estudos, nenhuma diferença foi encontrada entre os grupos de intervenção e controle na função sexual e na sensação da FV nos tratamentos à base de energia. A satisfação das participantes nos tratamentos cirúrgicos foi alta. Na validação do FSDS-R, tanto o FSDS-R, quanto os questionários para função sexual e sintomas vaginais apresentaram validade discriminante entre mulheres com e sem FV e uma alta consistência interna em mulheres com e sem FV. No estudo transversal e na análise secundária, uma correlação significativa foi encontrada entre a espessura vaginal e os USTA e USTV em mulheres com FV. No estudo qualitativo, as 16 participantes entrevistadas enfrentaram dificuldades para identificarem os sintomas de FV e apontaram estratégias para lidarem com a FV. No estudo transversal no Reino Unido, das 200 participantes incluídas, 67 apresentaram FV. As participantes com FV apresentaram piores resultados nos sintomas vaginais e na angústia sexual. Por fim, no ECR, tanto a RF quanto o TMAP apresentaram melhoras nos sintomas de prolapso genital e força muscular. O protocolo de estudo apresentou as etapas para a realização do ECR. Conclusão: A FV é um sintoma prevalente entre as mulheres sexualmente ativas. Multiparidade, idade, parto instrumental, laceração perineal, estado menopausal, e o parto vaginal e cesariana foram mais frequentemente associados às queixas de FV. A FV impacta negativamente a relação da mulher com a sua genitália, a sua autoestima, o seu bem-estar sexual, além de dificultar o vínculo afetivo com a parceria. O FSDS-R mostrou-se um instrumento valioso para avaliar a angústia sexual em mulheres com FV uma vez que estas apresentam piores scores na avaliação da angústia sexual. Tanto o USTA quanto o USTV são capazes de medir a espessura da parede vaginal em mulheres com FV. Os tratamentos à base de energias não se mostraram estatisticamente diferentes no reestabelecimento da função sexual e na sensação de FV quando comparados ao sham ou placebo em uma meta-análise, no entanto, melhora significativa foi observada em um ECR em mulheres tratadas com RF e TMAP após 30 dias e seis meses de follow-up (AU)

Processo FAPESP: 19/26723-5 - Efeito da radiofrequência microablativa fracionada e do treinamento dos músculos do assoalho pélvico no tratamento de mulheres com queixa de frouxidão vaginal: ensaio clínico randomizado
Beneficiário:Glaucia Miranda Varella Pereira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado