Redução das emissões de óxido nitroso no tratamento de águas residuárias: uma análise dos parâmetros operacionais

Autor(es)

Fernanda de Marco de Souza

• Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
• Imprenta: São Paulo.
• Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH)
• Data de defesa: 2024-01-18

Membros da banca

Marcelo Antunes Nolasco; João Paulo Bassin; Luciano Matos Queiroz

• Orientador: Marcelo Antunes Nolasco

Resumo

O óxido nitroso (N2O) é um gás de efeito estufa que faz parte do ciclo do nitrogênio e é produzido principalmente em tanques aerados de Estações de Tratamento de Esgotos (ETE). Os lodos ativados são tipologias de tratamento amplamente empregadas em áreas com elevada densidade populacional, como é o caso da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). No processo de remoção da matéria orgânica e nitrogenada, fatores como pH, temperatura, oxigênio dissolvido e concentrações de amônia e nitrito influenciam a formação do N2O. Assim, estratégias operacionais podem ser adotadas para mitigar as emissões. Este trabalho teve como objetivo realizar uma análise consolidada das condições operacionais voltadas à redução das emissões de óxido nitroso em estações de tratamento de esgotos por processos de lodos ativados convencional na RMSP. Para tal, foi estruturada uma base de dados operacionais de quatro anos (2019 a 2022) e análises estatísticas descritivas e inferenciais foram aplicadas. À caracterização obtida somou-se uma revisão integrativa da literatura abordando temas relacionados à formação, emissão e mitigação do óxido nitroso. Um quadro síntese de classificação de potencial emissão com base em critérios foi elaborado. A carga de amônia nos tanques de aeração é de 1,84 a 47,76 toneladas de N.NH4/dia, abrindo oportunidades para explorar estratégias de recuperação. Os meses de verão e de agosto a novembro são os mais propensos à emissão. Elevados níveis de nitrogênio amoniacal, maiores concentrações de nitrito, flutuações no oxigênio dissolvido, baixo pH e temperaturas altas são fatores críticos que contribuem para a maior formação e emissão de N2O. Por fim, foi proposta uma síntese de sugestões operacionais para redução das emissões. Almeja-se que a presente pesquisa incentive as ETEs a explorarem novas práticas e abordagens, visando a redução de emissões e otimização dos benefícios ambientais e sociais já proporcionados pelo tratamento de esgotos. (AU)

• Processo FAPESP: 21/02901-1 - Otimização nos processos operacionais de estações de tratamento de esgotos para redução nas emissões de óxido nitroso
• Beneficiário: Fernanda de Marco de Souza
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado