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Geoprópolis de Melipona scutellaris: atividade antimicrobiana, antiproliferativa e ação sobre biofilme de Streptococcus mutans in vitro

Texto completo
Autor(es):
Marcos Guilherme da Cunha
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Pedro Luiz Rosalen; Marcelo Henrique dos Santos; Gilson Cesar Nobre Franco
Orientador: Pedro Luiz Rosalen
Resumo

O presente estudo sobre a geoprópolis de Melipona scutellaris teve como objetivo avaliar suas atividades antimicrobiana contra Streptococcus mutans Staphylococcus aureus, S. aureus resistente à meticilina, Enterococcus faecalis, Actinomyces naeslundii, Pseudomonas aeruginosa e também antiproliferativa sobre linhagens celulares, além de caracterizar quimicamente o seu extrato etanólico e a fração química bioativa. Analisou-se também a capacidade desta fração bioativa de atuar sobre S. mutans organizado na forma de biofilme in vitro. Inicialmente obteve-se o extrato etanólico de geoprópolis (EEGP), que foi fracionado, resultando nas frações hexânica (FH), clorofórmica (FC) e acetato de etila (FAc). O EEGP e frações foram submetidos a testes antimicrobianos para determinação das concentrações inibitória mínima (CIM) e bactericida mínima (CBM). Verificada a ação antimicrobiana, o EEGP e fração bioativa foram avaliados quanto a sua citotoxicidade por meio da atividade antiproliferativa contra linhagens de células normais e tumorais. A caracterização química foi realizada por meio de análises por cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa (CLAE-FR) e cromatografia gasosa com espectrometria de massas (CG-EM). A fração bioativa selecionada teve a ação sobre biofilme de S. mutans testada pelos ensaios de inibição de formação de biofilme, time kill, queda de pH e por microscopia eletrônica de varredura (MEV). O EEGP foi capaz de inibir o crescimento de S. mutans e da maioria das cepas bacterianas, sendo a FH, que apresentou menor CIM. Com relação à atividade antiproliferativa, tanto o EEGP quanto a FH inibiram o crescimento de forma mais seletiva para as linhagens tumorais, porém a FH em concentrações mais baixas. A análise química do EEGP e FH indicou a presença de compostos de baixa polaridade, ausência de flavonóides e de derivados do ácido cinâmico. A FH foi efetiva na diminuição da biomassa do biofilme em ambas as concentrações estudadas (250 e 400 ?g/mL), quando comparada com o controle (p<0,05), porém não alterou a viabilidade bacteriana (time kill), nem a produção de ácidos pela bactéria (p>0,05). As análises por MEV demonstraram uma modificação na matriz do biofilme tratado com FH, verificada pela aparente perda de homogeneidade superficial. Tais dados sugerem que a geoprópolis é uma promissora fonte de compostos ativos contra algumas bactérias, com citotoxicidade maior para células tumorais que normais e também capaz de atuar sobre biofilme de S. mutans, podendo ser útil no controle de doenças biofilme dependentes, relacionadas a este microrganismo (AU)

Processo FAPESP: 09/12354-6 - Avaliação do potencial antimicrobiano e ação in vitro sobre o biofilme dental de compostos isolados da própolis de melipolínea (Melipona scutellaris)
Beneficiário:Marcos Guilherme da Cunha
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado