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Consumo alimentar, amamentação e saude infantil

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Autor(es):
Rodrigo Pinheiro de Toledo Vianna
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Ana Maria Segall Corrêa; Marina Ferreira Rea; Ricardo Carlos Cordeiro; Djalma de Carvalho Moreira Filho; Carlos Roberto Silveira Corrêa
Orientador: Ana Maria Segall Corrêa
Resumo

Objetivos: Este trabalho investigou o consumo alimentar familiar bem como práticas de aleitamento materno e fatores associados com a saúde de recém-nascidos (RNs) e lactentes em população urbana dotada de infra-estrutura adequada de saneamento, habitação e serviços de saúde. Método: Estudou-se coorte de 194 recém-nascidos de famílias que tiveram um bebê em um dos 12 meses anteriores à primeira visita e eram residentes em bairro da região norte da cidade de Campinas ¿ SP no período de setembro de 1998 a abril de 2000. A listagem de todos os RNs foi obtida a partir do registro das Declarações de Nascidos Vivos do Município. Coletou-se informações adicionais em duas visitas domiciliares. Foram obtidos dados sobre aleitamento materno, disponibilidade de alimentos nos domicílios, ocorrência de infecções respiratórias e outras doenças referidas, utilização de serviços de saúde e internações hospitalares durante o período. Resultados. Eram elegíveis para participar da coorte 454 RNs com perda de 57,3% atribuída a 222 mudanças e erros no endereço informado, 28 recusas, 5 questionários incompletos e 5 óbitos. Identificou-se efeito protetor da prática do aleitamento materno contra infecções respiratórias diminuindo a freqüência de uso de serviços de saúde e a ocorrência de internações hospitalares, mesmo entre crianças bem nutridas. Este efeito protetor perdeu significância com o aumento da idade e com a freqüência às creches. A duração mediana do aleitamento materno exclusivo foi de 8,5 semanas e do aleitamento materno total 9 meses. As famílias menores e a maior escolaridade paterna representaram fatores promotores do aleitamento materno exclusivo. O prolongamento do aleitamento materno exclusivo após a 8ª semana esteve associado com a experiência prévia de amamentar e a intenção de fazê-lo com duração superior a 6 meses. Conclusões: Apesar das práticas de aleitamento materno desta coorte estarem abaixo das recomendações internacionais e de se tratar de crianças de bom estado nutricional a amamentação representou fator de proteção para infecção respiratória, uso de serviços de saúde e hospitalização. Observou-se que a disponibilidade de alimentos nos domicílios era adequada e não discriminou problemas de saúde para os RNs. A importância da intenção materna de amamentar por período mais longo justifica o direcionamento das consultas de pré-natal no sentido de encorajar as mães para esta prática. Os resultados deste estudo representam a coorte e não a base populacional investigada (AU)

Processo FAPESP: 98/14794-7 - Consumo alimentar e saúde
Beneficiário:Rodrigo Pinheiro de Toledo Vianna
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado