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O espelho virtual: prolegômenos de uma arqueologia do futuro do humano

Texto completo
Autor(es):
Rodolfo Eduardo Scachetti
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Laymert Garcia dos Santos; Guilherme Castelo Branco; André de Macedo Duarte; Marko Synésio Alves Monteiro; Pedro Peixoto Ferreira
Orientador: Laymert Garcia dos Santos
Resumo

Esta tese começou com um desencontro. Diante dos desdobramentos da cibernética, diante de modelos e metáforas, no início estávamos no vestíbulo do futuro do humano onde ouvíamos uma voz se levantar e tratar dos riscos de uma iminente superação do homem pelas máquinas. Fomos conduzidos a pensar o estatuto do humano no Ocidente, e se a metaforização frequentemente apareceu como seu fundamento, não foi de outro modo que encontramos a figura futura de uma Máquina Absoluta, máquina soberana, rainha da produção metafórica, centro de uma nova ordem simbólica, em suma, receptáculo dessa transferência de uma tecnologia linguística que teria marcado o humano e o distinguido até aqui na grande cadeia dos seres. Mas por que teriam as metáforas de passar às máquinas nessa espécie de possibilidade estranha de metaforização sem corpo? Com esse estranhamento, as questões tiveram de ser reabertas, e demos assim um passo atrás antes de qualquer passo à frente, saindo do vestíbulo do futuro do humano. Nesse momento, o encontro. Percorremos espaços, sentimos diferentes velocidades, e a espreita inicial se abriu na total instabilidade do olhar. Menos linguagem verbal, menos apenas o dizível, movemo-nos, no encontro com Foucault e em todos os outros que esse pôde disparar, em meio às vertigens da relação entre dizível e visível. A metáfora perdeu espaço, e através principalmente da pintura acompanhamos a representação se curvar diante das forças. Mais do que a tentativa de mostrarmos uma figura do futuro do humano, uma possível Máquina Total, buscamos acessar com Foucault e Deleuze o plano da disputa de forças através de um espelho virtual, esperando com ambos que uma nova forma não seja pior do que as anteriores, a clássica forma-Deus e a moderna forma-Homem (AU)

Processo FAPESP: 06/06811-7 - Corpo sem metáforas ou metáforas sem corpo: o futuro do humano entre a arte e a tecnociência
Beneficiário:Rodolfo Eduardo Scachetti
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado