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Genotipagem e quantificação de citomegalovirus humano em hospedeiros imunocomprometidos

Texto completo
Autor(es):
Dulcinéia Martins de Albuquerque
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Sandra Cecília Botelho Costa; Fernando Ferreira Costa; Luiz Tadeu Moraes Figueiredo
Orientador: Sandra Cecília Botelho Costa
Resumo

O Citomegalovírus Humano (HCMV) é um dos mais importantes agentes infecciosos que acometem pacientes imunocomprometidos, causando significante morbidade e mortalidade nesse grupo. A detecção do genoma do HCMV pela PCR (Reação em cadeia da polimerase) é específica e sensível e pode servir como uma poderosa ferramenta para o diagnóstico precoce da infecção causada por esse vírus. Variações em regiões funcionalmente relevantes do genoma do HCMV têm sido usadas como marcadores' genéticos em numerosos estudos clínicos para diferenciar as linhagens e associá-las a pato gênese viral e manifestação clínica no paciente. As glicoproteínas do envelope do citomegalovírus são provavelmente essenciais para a entrada e disseminação viral nas células hospedeiras; são também imp9rtantes alvos da resposta imune humana que induz a formação de anticorpos de neutralização do vírus. A PCR, combinada com análise de restrição de regiões polimórficas de produtos amplificados (PCR-RFLP), é eficaz para identificação dos genotipos de HCMV, sendo possível a distinção de pelo menos 4 padrões eletroforéticos. Por outro lado, a determinação da carga viral em pacientes comprometidos imunologicamente, tem sido associada como marcador ou preditor para o desenvolvimento de doença órgão-específica pelo HCMV, sendo de fundamental importância para a monitorização da terapêutica. Além disso, o valor da carga viral está relacionado com o grupo de paciente e/ou tipo de transplante, pato gênese do HCMV e níveis de imunossupressão e pode indicar o inicio da terapia antiviral. Sabendo-se da importância da identificação das linhagens de HCMV em pacientes imunocomprometidos, sua possível relação com a infectividade e apresentação clínica, e a relevância da determinação da carga viral nos diversos grupos, este trabalho, avaliando diferentes populações imunologicamente comprometidas atendidas no HC-UNICAMP, teve como objetivos principais: determinar a prevalência dos genotipos de HCMV e avaliar uma possível associação do subtipo com IV o quadro clínico apresentado pelos diferentes grupos estudados; padronizar métodos de determinação da carga viral com a finalidade de avaliar a aplicabilidade no monitoramento da terapia antiviral e como valor preditivo de doença pelo HCMV. Para a genotipagem, 122 amostras clínicas (sangue e urina) de 104 pacientes foram avaliadas retrospectivamente. Os grupos de pacientes, infectados pelo HCMV, eram basicamente os seguintes: recém-nascidos com infecção congênita, transplantados de medula óssea, transplantados hepáticos e renais, e portadores do HIV. Os resultados foram analisados estatisticamente. Para a quantificação, foram avaliadas 2 metodologias: uma baseada no princípio de captura híbrida onde foram analisadas 93 amostras e a outra PCR diluição limitante, alguns exemplares foram avaliados, já que a qualidade do DNA é fundamental para o prosseguimento da metodologia. Como resultados, pudemos caracterizar em nosso grupo de pacientes, os 4 genotipos descritos em literatura. Observamos a maior prevalência do genotipo gB2, embora os subtipos gBI e gB3 estivessem bem representados. Dados estatísticos não comprovaram a associação de uma determinada linhagem do vírus com a gravidade da manifestação clínica, bem como um grupo específico de pacientes. As metodologias de quantificação avaliadas possuem alta sensibilidade e especificidade, compatíveis com a Antigenemia. A principal vantagem das metodologias em relação à essa última, é em relação ao processamento da amostra, que não necessita ser imediata à coleta pois não dependem da viabilidade do vírus. Enfim, acreditamos que a determinação da linhagem do HCMV e da carga viral sejam metodologias complementares e de fundamental importância no entendimento e monitoramento da infecção pelo HCMV em pacientes imunocomprometidos (AU)

Processo FAPESP: 97/14280-0 - Genotipagem e quantificacao de citomegalovirus humano em hospedeiros imunocomprometidos.
Beneficiário:Dulcinéia Martins de Albuquerque
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado