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Autogestão e competitividade: estudos de caso em cooperativas industriais brasileiras e bascas/espanhola

Texto completo
Autor(es):
Alessandra Bandeira Antunes de Azevedo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Geociências
Data de defesa:
Membros da banca:
Leda Maria Caira Gitahy; Maria Carolina de Azevedo Ferreira de Souza; Rogerio de Aragão Bastos do Valle; Antonio Carlos Martins da Cruz; Márcia de Paula Leite
Orientador: Leda Maria Caira Gitahy
Resumo

O objetivo dessa tese foi discutir as possibilidades e limites da capacidade de integração competitiva, tecnológica, organizacional e social de empresas autogestionárias no tecido industrial brasileiro. Para isso, foi realizado um estudo comparativo entre empresas autogestionárias brasileiras (oriundas de massa falida) e espanholas (Mondragón Corporación Cooperativa-MCC) buscando identificar e compreender as formas de gestão e as estratégias de inovação e utilizadas por estas empresas. No Brasil foram estudadas três cooperativas de produção (duas no Rio Grande do Sul e uma no ABC paulista) e no País Basco três cooperativas de produção e duas que são centros de P&D, todas do setor metal-mecânico. A análise da história da MCC possibilitou compreender quais variáveis permitiram a continuidade (cinqüenta anos) e o sucesso da experiência. Verificou-se que a criação de uma estrutura organizacional inter-cooperativa foi importante por um lado, para a sobrevivência e manutenção da competitividade em cenário de concorrência cada vez mais acirrado e por outro, para manter os valores e princípios orientadores da experiência: solidariedade, inter-cooperação, criação e manutenção do emprego, auto-gestão e democracia. O trabalho demonstra que as cooperativas brasileiras estudadas, apesar de recentes demonstraram uma grande capacidade de articulação e superação dos desafios tecnológicos, produtivos, organizacionais e mercadológicos em ambientes institucionalmente inóspitos a elas. Essa superação se explica pelas formas democráticas de gestão e pela capacidade de articulação e coordenação (governança) com diferentes instituições públicas e privadas. Nesse sentido a autogestão e as formas que assumem as relações de trabalho são uma inovação que viabiliza a sustentabilidade dessas empresas. A combinação desses elementos possibilitou que em cinco anos empreendimentos considerados fracassados reconquistassem a credibilidade no mercado diante de clientes e fornecedores, superando enormes dificuldades. Os elementos básicos da experiência de Mondragón estão presentes no cooperativismo industrial brasileiro. Fica em aberto saber em que medida o movimento vai conseguir criar e desenvolver estruturas mais robustas para apoiar os empreendimentos, fortalecendo a inter-cooperação (AU)

Processo FAPESP: 03/05879-9 - Autogestao e competitividade. um estudo comparativo de empresas brasileiras e espanholas (pais basco).
Beneficiário:Alessandra Bandeira Antunes de Azevedo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado