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Estudos para determinação das melhores formulações de blends de cafe arabica (C. arabica) com cafe robusta (C. canephora Conilon) para uso no setor de cafes torrados e moido e de cafes expresso

Texto completo
Autor(es):
Luciane Carneiro Mendes
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Engenharia de Alimentos
Data de defesa:
Membros da banca:
Hilary Castle de Menezes; Eliete Vaz de Faria; Jose Guilherme Cortez; Marcelo Alexandre Prado; Maria Aparecida Azevedo Pereira da Silva; Terezinha de Jesus Garcia Salva
Orientador: Hilary Castle de Menezes
Resumo

Este trabalho teve como objetivo principal estudar diversas formulações de blends de café arábica com café robusta através de avaliação sensorial com consumidores, tanto para preparo em filtro de papel como para café espresso. Inicialmente, foi determinada a faixa de grau de torração mais adequada para cada café estudado, através de avaliação sensorial com experts e com equipe treinada para Análise Descritiva Quantitativa. Os resultados apontaram uma torração média como a que apresentava maior intensidade de aroma e sabor característicos de café sem a percepção do sabor queimado, caracterizada pela perda de peso de 15 a 16% e pela da luminosidade do grão (L*) entre 37 e 38. A etapa fundamental do trabalho se deu em seguida com a avaliação dos blends (de 10 a 50% de robusta, cereja descascado) mais uma amostra de arábica 100%, preparados em filtro de papel e tipo espresso, através de Teste de Aceitação com consumidores diários de café. Os resultados para ambos os preparos mostraram não haver diferença significativa (ao nível de 5%) na apreciação das amostras por parte dos consumidores. Os resultados do teste sensorial foram complementados por avaliações químicas. Utilizando-se de técnicas de Comatografia líquida de alta eficiência (HPLC), foram analisados os teores de ácidos clorogênicos, ácidos carboxílicos e açúcares dos cafés arábica e robusta (processado via seca ¿ RS, e cereja descascado - RCD), bem como de alguns blends (arábica 80% e robusta CD 20%; arábica 60% e robusta CD 40%). Foram determinados os teores desses componentes nos cafés verdes, após torração e nas bebidas (filtrada e espresso). Os resultados apontaram diferenças entre o café arábica e os robustas para diversos compostos, especialmente no café verde, havendo também algumas diferenças entre os robustas RCD e RS. Os teores dos componentes encontrados nos blends apresentaram comportamento coerente se comparados os resultados com o café arábica e o robusta RCD 100%. Com a torração as diferenças tenderam a diminuir tornando-se ainda menores com a extração da bebida, seja ela em filtro de papel ou tipo espresso. Para finalizar, foi observado o perfil de voláteis das amostras citadas no parágrafo anterior, exceto para o café verde, usando técnica de isolamento do headspace retido em polímero poroso e analisado por Cromatografia Gasosa (CG). Os resultados mostraram diferenças consideráveis nos perfis encontrados para o café arábica e os cafés robusta especialmente nas bebidas. No entanto, pouca diferença foi notada entre os blends e o café arábica. No geral, embora haja considerável diferença entre o café arábica e o café robusta, quando este é adicionado ao café arábica, até proporções de 50% (como mostrado na avaliação sensorial) pouca diferença se nota, tanto química quanto em relação à aceitação sensorial do produto final. Este resultado mostra a viabilidade do uso do café robusta para ambos os preparos de bebidas, em oposição ao preconceito que existe por parte de alguns setores do agronegócio café (AU)

Processo FAPESP: 99/09838-8 - Estudos para determinação das melhores formulações de blends de café arabica com café robusta para uso no setor de café torrado e moído e de café expresso
Beneficiário:Luciane Carneiro Mendes
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado