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O estatuto da palavra que tem efeito neologico na construção delirante

Texto completo
Autor(es):
Walker Douglas Pincerati
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Estudos da Linguagem
Data de defesa:
Membros da banca:
Claudia Thereza Guimarães de Lemos; Mario Eduardo Costa Pereira; Nina Virginia de Araújo Leite
Orientador: Claudia Thereza Guimarães de Lemos
Resumo

Este estudo, partindo da tese psicanalítica de que existe uma diferença estrutural entre a linguagem na neurose e na psicose, tem por objetivo analisar e discutir o estatuto das palavras que têm efeito neológico no dizer psicótico. Lançando mão dos dados de LC, que tem o diagnóstico psiquiátrico de esquizofrenia, procurou-se: (i) levantar, descrever e analisar as palavras de efeito neológico nesse dizer situando-as como ápices ou condensações das "idéias delirantes" e significantes em trânsito no delírio; (ii) realizar uma comparação dessas palavras com as formas possíveis na língua, depreendendo, com isso, a especificidade do efeito neológico em relação ao que a Lexicologia entende como um neologismo; e (iii) discutir a função dessas palavras na produção da opacidade do dizer psicótico e na arquitetura do delírio. A partir da leitura lacaniana de Freud, tomou-se o delírio como um processo de significantização que visa atenuar a angústia e reatar as relações do delirante, enquanto habitante da linguagem, com a realidade. Com a análise, chega-se a conclusão de que a palavra que tem efeito neológico tem como função encapsular num significante ideias e significantes em jogo no delírio. Ela situa para o delirante uma significação especial (AU)

Processo FAPESP: 07/52599-2 - A loucura das palavras na psicose: neologismo e efeito neologico.
Beneficiário:Walker Douglas Pincerati
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado