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Alguns aspectos da imunopatogenia da uveíte na erliquiose canina de ocorrência natural e experimental: avaliação anatomopatológica e imunoistoquímica

Texto completo
Autor(es):
Valérie Le Du da Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
José Luiz Guerra; Mirela Tinucci Costa; Maria Lucia Zaidan Dagli; Rosangela Zacarias Machado; Idercio Luiz Sinhorini
Orientador: José Luiz Guerra
Resumo

Para elucidar alguns aspectos da imunopatogenia da uveíte na erliquiose canina, avaliaram-se, por meio da análise imunistoquímica, bulbos oculares de cães experimentalmente infectados por Ehrlichia canis (grupo 1- G1), naturalmente infectados por Ehrlichia canis (grupo 2-G2) e na co-infecção natural de E. canis e Babesia sp. (grupo 3). Parâmetros clínicos e hematológicos foram avaliados. Empregaram-se o dot-blot-Elisa e a reação de imunofluorescência indireta para E. canis e Babesia sp. respectivamente. Para a confirmação diagnóstica, utilizou-se a reação de cadeia de polimerase (PCR) para E.canis. A contagem imunofenotípica para os anticorpos CD3, CD4, CD8, Tal1B5 e MAC 387 não demonstrou diferença significativa nas diferentes regiões analisadas do bulbo ocular. Observou-se no G1, G2 e G3, em todas as regiões analisadas diferença significativa da contagem imunofenotípica de células CD8+ em relação às células CD4+. Evidenciou-se diferença significativa entre a contagem percentual de células IgG2+ e CD79?+ na região de corpo ciliar do G3 em relação ao G1. A região da íris do G3, em relação ao G2, demonstrou diferenças significativas para o anticorpo IgG1. Evidenciou-se nos três grupos, a existência de correlação linear entre as células CD3+ e CD8+ e entre as células IgG2+ e CD79?+ em diversas regiões do bulbo ocular. O infiltrado inflamatório mostrou-se mais intenso nas regiões de corpo ciliar e ângulo iridocorneal, moderado em limbo e íris e mínimo em coróide. A avaliação semiquantitativa por score da intensidade do infiltrado inflamatório mostrou-se mais intensa nos animais que apresentavam co-infecção, sugerindo uma resposta imune mais intensa nesses cães. Demonstrou-se que o infiltrado inflamatório era composto, predominantemente, por linfócitos T CD3+ e B CD79+?. A maior porcentagem de células T CD3+ era CD8+, caracterizando, portanto, uma resposta imune do tipo citotóxica. A presença de células B CD79+? fala a favor de produção local de anticorpos. Observaram-se células imunomarcadas por IgG2 e poucas células marcadas por IgG1, sugerindo uma polarização da resposta imune para o padrão Th1, sendo um possível mecanismo imune de lesão na uveíte. Observou-se alta expressão de moléculas de MHC-classe II, sugerindo uma resposta imune intensa nos tecidos oculares, contudo ineficiente devido a deficiência de células CD4+. (AU)

Processo FAPESP: 02/01244-6 - Avaliação anatomopatológica e imunoistoquímica da Uveíte, na erliquiose canina natural e experimental
Beneficiário:Valérie Le du da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado