Busca avançada
Ano de início
Entree


Estratégias e fisiologia do consumo e digestão de esponjas (Porifera) por Echinaster brasiliensis (Echinodermata: Asteroidea)

Texto completo
Autor(es):
Camila Helena de Souza Queiroz
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IBIOC/SB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Márcio Reis Custódio; Alexander Turra
Orientador: Márcio Reis Custódio
Resumo

Esponjas são sésseis e possuem um esqueleto constituído por elementos inorgânicos microscópicos (espículas), fibras de colágeno e/ou combinações destes dois componentes. Embora sem proteções físicas evidentes tais como conchas ou espinhos, são pouco predadas, sendo este fato atribuído principalmente a presença de metabólitos secundários ativos. Recentemente, um papel dos componentes esqueléticos como deterrente foi experimentalmente confirmado, mas sua importância relativa ainda é bastante debatida. Algumas estrelas-do-mar são consideradas como espongívoras, e a literatura existente geralmente coloca que a digestão é realizada externamente, sem ingestão do esqueleto da presa. Desta forma, neste trabalho foram verificados o comportamento alimentar da estrela-do-mar Echinaster brasiliensis em relação às esponjas, o destino dos componentes esqueléticos e seus efeitos na fisiologia do organismo. Observações de campo e experimentos em laboratório foram efetuados para determinar a estratégia de consumo utilizada pela estrela. O processo digestivo do material esquelético (espículas e/ou fibras) foi acompanhado até a eliminação. Foi verificado que E. brasiliensis se alimenta de diferentes espécies de esponjas, mas não consome apenas estes organismos, sendo mais generalista do que o suposto. As preferências no consumo das esponjas são determinados por fatores diversos, como a quantidade de matéria orgânica ou formato do organismo predado. A ingestão ocorre com a eversão do estômago, mas ao contrário do descrito para outras espécies, E. brasiliensis ingere componentes esqueléticos, sendo espículas encontradas inseridas no epitélio digestivo. Entretanto, essa ingestão é baixa e aparentemente não causa injúrias severas ao organismo, sendo as espículas descartadas no material fecal (AU)

Processo FAPESP: 09/03392-1 - Estratégias e fisiologia do consumo e digestão de esponjas (Porifera) por Echinaster brasiliensis (Echinodermata)
Beneficiário:Camila Helena de Souza Queiroz
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado